Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, apresenta a Pesquisa de Empregabilidade do Brasil

O Semesp lançou nesta quinta-feira, 10, o projeto da Pesquisa de Empregabilidade do Brasil, levantamento que será realizado em parceria com o Grupo A e a Simplicity e tem como objetivo se tornar uma referência de mensuração em empregabilidade. O lançamento aconteceu durante a 2ª Jornada de Empregabilidade, realizada na sede do Semesp, em São Paulo.

“Diante de um cenário de mudanças tecnológicas e dos próprios modelos de ensino superior, estamos vivendo uma crise do valor do diploma”, afirmou o diretor-executivo do Semesp, Rodrigo Capelato durante o evento. “Precisamos enfrentar e usar essas mudanças em nosso proveito garantindo a empregabilidade de nossos alunos e uma maior chance dos egressos entrarem no mercado de trabalho”, disse.

Para Capelato, a Pesquisa de Empregabilidade do Brasil servirá como medida para que as IES consigam avaliar sua eficiência em termos de entrega de rentabilidade de qualidade para seus estudantes. “A pesquisa é uma forma de agregar valor às IES e mostrar que estamos efetivamente entregar resultados de empregabilidade para nossos alunos”, pontuou ele. “Contamos com a participação de todos vocês”, convidou os presentes para incentivarem a pesquisa.

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A pesquisa será realizada, inicialmente, com formados e egressos, independente do tempo de formação e terá uma metodologia de análise multivariada. O preenchimento online terá início no próximo dia 14 de outubro e prossegue até 29 de novembro, com previsão de entrega da pesquisa em fevereiro de 2020. Os participantes da pesquisa receberão relatório individual  com a própria posição profissional, já as IES que tiveram uma mostra relevante de alunos receberão sua posição em um ranking de empregabilidade.

O coordenador de Produtos e Inovação da Fundação Estudar, Tito Ribeiro, disse que a educação do século 21 terá que unir conhecimento, habilidades e atitudes

Mercado de trabalho

Além do lançamento da Pesquisa de Empregabilidade do Brasil, a 2ª Jornada de Empregabilidade reuniu especialistas, líderes de IES e profissionais do mercado para discutir os desafios e a importância de estratégias de empregabilidade em faculdades e universidades. “A empregabilidade é um tema importante na atualidade. O objetivo então é discutir estratégias para aprimorar a jornada de carreira de estudantes e egressos, além de impactar o diferencial competitivo das IES por meio de pilares como captação, retenção e escala por meio de três perspectivas: alunos, instituições de ensino e mercado”, explicou Rodrigo Madeira, gerente Simplicity Brasil.

Na primeira parte do evento, as competências mais demandadas e as novas perspectivas do mercado em relação às novas gerações abriram as discussões da 2a Jornada de Empregabilidade.

O coordenador de Produtos e Inovação da Fundação Estudar, Tito Ribeiro, disse que a educação do século 21 terá que unir conhecimento, habilidades e atitudes. “Precisamos olhar para o futuro do mercado, suas tendências e riscos para formar uma nova geração de profissionais nessa sociedade global e integrada”, disse ele. “A hora de investir na formação dessa nova geração é agora, com foco na tomada de decisões e em habilidades que não são técnicas, como criatividade, integridade, pensamento global”, citou.

A superintendente de Talentos e Diversidade do Itaú, Luiza Ribeiro, contou que o maior desafio dos processos seletivos atualmente é recrutar pessoas que conseguem resolver problemas. “O conhecimento atualmente está muito difuso. Outro desafio é a questão do engajamento e retenção dos profissionais”, afirmou. “O processo de recrutamento mudou e é essencial para as empresas porque são as pessoas que alavancam as transformações”.

Na segunda parte da Jornada de Empregabilidade, a coordenadora do PUC-PR Carreiras, Isabela Albuquerque, e a coordenadora de Gestão da Carreira da Univates, Janaína Schneider, apresentaram as áreas de gestão de carreiras das IES e debateram com os presentes os principais desafios enfrentadas pelas instituições em relação à preparação dos estudantes para o mercado de trabalho, destacando a falta de engajamento dos alunos e de interação entre as áreas de gestão de carreiras e acadêmica.