Apesar do aumento no número de alunos matriculados nos últimos 40 anos, a taxa de escolaridade superior no Brasil ainda é baixa em comparação com países desenvolvidos e com nações em condições socioeconômicas similares. Além disso, o modelo de crescimento parece estar em declínio, com uma queda nas matrículas nos cursos presenciais compensada apenas pelos cursos a distância.

Diante desses desafios, deveria ocorrer uma reestruturação do sistema de ensino superior, com a criação de dois tipos de cursos de graduação: Cursos Superiores de Formação Vocacional (CFV) e Cursos Superiores de Formação Profissional (CFP). Os CFVs seriam de curta duração, que visam proporcionar uma rápida colocação no mercado de trabalho. Os CFPs seriam avançados para a formação profissional. A proposta também inclui a criação de um Exame Nacional Pré-Profissionalizante (Enap), que ofereceria aos candidatos uma rota alternativa para ingresso nos CFPs, sem passar antes num CSV. O exame seria elaborado pelo Inep/ MEC, mas aplicado por certificadoras privadas. Essas mudanças visam resolver os problemas causados pela redução da demanda, limitações no acesso e dificuldades na permanência dos estudantes. A proposta busca reduzir a evasão escolar, facilitar o acesso ao ensino superior, ampliar a oferta de vagas e melhorar a qualidade da educação Em resumo, a proposta busca modernizar o sistema de ensino superior no Brasil, tornando–o mais adequado às demandas da sociedade e do mercado de trabalho, bem como mais acessível aos estudantes, a fim de promover o desenvolvimento educacional e reduzir a desigualdade social.

Confira artigo na íntegra de Maurício Garcia, do Conselho Editorial da Revista Ensino Superior, no site da publicação.