No Semesp nos autodenominamos como um Hub de Redes de Cooperação porque reunimos diferentes movimentos de redes que se conectam conosco ou que coordenamos. Nos últimos anos nos tornamos referência em coordenar, planejar, participar, difundir e criar conexões entre IES e entre as redes já existentes.

O Semesp está conectado com as seguintes redes:

  1. Realculp, uma rede de associações privadas da América Latina e Caribe. O Semesp ocupa a vice-presidência.
  2. MetaRed TIC Brasil, uma rede focada em tecnologia e transformação digital. O Semesp coordena a rede no Brasil. O movimento é global e é coordenado pela Universia.
  3. Consórcio Sthem Brasil, uma rede independente, com foco na inovação acadêmica, que mantém um acordo de cogestão administrativa com o Semesp.
  4. Association for Collaborative Leadership (ACL), uma rede de consórcios dos Estados Unidos que reúne líderes que trocam informações sobre boas práticas de cooperação.

A Realcup, por exemplo, tem um projeto de internacionalização, o Enlazar, em que toda IES associada ao Semesp pode participar.  A MeteRed é uma rede aberta a toda IES pública e privada interessada no tema da tecnologia, da transformação digital, da cibersegurança, do relacionamento com os provedores de tecnologia e no desenvolvimento de projetos focados na presença da mulher em temas da tecnologia. O Consórcio Sthem possui critérios para ser um associado. Já a ACL, abre a possibilidade para a participação dos eventos que organizam. Para obter informações e participar das redes conectadas ao Semesp, escreva para [email protected]

Há dois tipos de redes coordenadas pelo Semesp;

  1. Redes institucionais, formadas pelos gestores das IES e que tratam de temas administrativos e acadêmicos de interesse comum. Essas redes são constituídas conforme a identidade e o perfil das instituições.
  2. Redes temáticas, que são constituídas conforme o interesse e as demandas das IES associadas. Elas nascem de temas que estão na agenda recorrente das instituições.

O que diferencia o conceito e a organização desses tipos de redes? Há uma literatura específica sobre o conceito de Rede Institucional. Ela é formada por IES e representada pelos seus dirigentes, que integram diferentes redes para cooperar, melhorar processos administrativos e acadêmicos e buscar reduzir custos, com sinergias viáveis e consensuadas. À medida que elas ganham maturidade, essas redes incorporam processos de governança, gestão, planejamento e plano de ação institucionalizado. No plano ideal, elas elaboram documentos de governança estruturados e, à medida que ganham projeção e obtêm resultados, contratam um grupo de profissionais para cuidar da sua gestão e de seus projetos.

A Rede Temática é constituída a partir das demandas das IES. Elas tratam de temas recorrentes no ensino superior. Essas redes não reúnem os principais dirigentes das IES, mas, sim, as pessoas que são responsáveis pelos temas inerentes à rede.  Elas não precisam necessariamente ter acordos de governança estruturados, mas precisam de gestão, planejamento e plano de trabalho. As Redes Temáticas não são um grupo de trabalho (GT) temporário, porque seus temas são relevantes, recorrentes, estão na agenda das IES e são de interesse da sociedade. Pelo contrário, as Redes Temáticas podem organizar GTs para colocar em prática seus projetos.

As redes se organizam conforme os interesses dos dirigentes e das pessoas que participam do seu “dia a dia”. Na experiência do Semesp, há Redes Institucionais que preferem não constituir um acordo de governança. A formalidade de alguns projetos desenvolvidos por essas redes convive com a informalidade de sua organização. Todavia, as redes possuem uma carta de compromisso, de reconhecimento de pertencimento, de confidencialidade e cooperação em benefício do coletivo. Há alguns compromissos de que o Semesp não abre mão: confiança, confidencialidade, compromisso com a rede e busca de contínua de sinergia.

Sobre o conceito e tipologia, nós do Semesp entendemos que fundamos uma tipologia própria de redes baseada na nossa experiência, nas evidências internacionais, na demanda das IES e na literatura. Nós adaptamos alguns conceitos à realidade brasileira e às cultura e demanda dos gestores, sem abrir mão de princípios que fundamentam a organização de uma Rede de Cooperação, no Brasil e no mundo.

Atualmente, o Semesp coordena 22 redes, sendo 14 institucionais e 8 redes temáticas. O G7, uma das redes institucionais, já possui autonomia, porque tem princípios de governança, gestão e projetos que independem da atuação do Semesp. É preciso observar que há uma tendência de crescimento das Redes Temáticas. Hoje, temos 144 IES envolvidas com o projeto de Redes de Cooperação. Se contarmos o número de IES de cada rede, chegamos a 294 instituições, pois algumas estão em mais de uma rede. Impactamos aproximadamente 4.2 milhões de estudantes e 93 mil docentes. Estamos em 19 estados do Brasil.

Para participar das redes é preciso seguir alguns procedimentos. Nas Redes Institucionais existentes é preciso pedir autorização para os gestores das IES da rede, já que elas estão constituídas e possuem uma dinâmica previamente combinada, com projetos e um nível de confiança e compromisso já estabelecidos. É possível também ser constituída uma nova rede institucional, o que é um caminho “menos burocrático” para participar. A constituição de uma rede nova é realizada pelo Semesp, através de convites e/ou de manifestação de interesse de um conjunto de IES.

Em relação às Redes Temáticas, a participação não precisa de autorização prévia. Basta a IES manifestar o interesse em participar, se comprometer com os princípios, projetos, acordos e cronograma estabelecidos pela rede. As Redes Temáticas são: a) Saúde (cursos de graduação da área de saúde); b) Saúde Mental; c) Inovação; d) Autoavaliação/CPA/Sistema de Avaliação; e) Internacionalização/Enlazar; f) Estratégias de Compras Coletivas; g) Sustentabilidade (com foco em temas ambientais, ODS, entre outros); h) Marketing Educacional.  Faço o convite para que todas as IES associadas ao Semesp participem das Redes Temáticas.

Reafirmo o convite para entrar em uma rede. Oor favor, escreva para [email protected]. Será preciso preencher um formulário em que a IES manifesta o desejo de participar do projeto Redes de Cooperação.

Recentemente, a Pró-Reitora da Universidade de Marília, Fernanda Serva, afirmou que estamos na “Era da Cooperação”. Sim, estamos! Quando o Semesp criou o projeto Redes de Cooperação, em abril de 2016, a cultura da cooperação não era comum e havia certa desconfiança de uma parcela dos gestores. Hoje, talvez ainda exista a desconfiança, mas a cultura da cooperação através das redes está se consolidando.

Hoje, sabemos que podemos aprender com a boa prática da outra IES, que os gestores das outras IES se transformam em amigos e consultores, que podemos buscar soluções para os problemas comuns, que podemos até dialogar com o concorrente, que podemos falar das estratégias de forma coletiva, que podemos reduzir custos trabalhando de forma colaborativa, que juntos somos mais fortes, que o isolamento é o caminho para perda de tempo, para o desgaste institucional, para o eventual desperdício de recursos, para o encontro de soluções que nem sempre são as mais eficientes e eficazes.

Há um mundo possível de conexões. Aprendi com Manuel Castells, na “Sociedade em Redes”, que é preciso criar uma malha de cooperação ligando os nós por meio de sinergias contínuas. A “Era de Cooperação”, em um contexto completo e incerto, induzirá as IES a encurtarem sua trajetória para a realização de sua missão e de seu projeto institucional, de forma mais plena e relevante para a sociedade.