Fábio Reis, diretor de Inovação e Redes do Semesp (Foto: Jonathan Nóbrega/Semesp)​

Um dos destaques do segundo dia do 25º FNESP foi a apresentação dos resultados do primeiro ciclo do Projeto de Autoavaliação Institucional do Ensino Superior, criado pelo Semesp em maio de 2021 com o objetivo de reconhecer a relevância do processo de autoavaliação das instituições de ensino superior brasileiras.

O diretor de Inovação e Redes do Semesp, Fábio Reis, introduziu o tema ressaltando que o projeto reúne gestores e responsáveis pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) de 38 IES de todas as regiões do Brasil que representam a diversidade do sistema em termos de porte, tipo de organização acadêmica e localização geográfica, para desenvolver um novo modelo de autoavaliação institucional para a educação superior brasileira.

“O projeto é uma construção coletiva que começou a ser elaborada por 5 IES, e logo as instituições participantes passaram a ser 11. Hoje são 38 instituições, reunidas em uma grande rede de colaboração, a Rede de Cooperação de Autoavaliação do Semesp”, disse Reis, assinalando que “a criação do projeto e da rede de cooperação se enquadra no processo de formulação de políticas públicas do Semesp: tivemos inclusive a oportunidade de apresentar esse trabalho ao CNE, que foi muito receptivo”.

O diretor do Semesp distribuiu um livreto sobre o projeto para as IES presentes ao evento e convidou-as a integrar a rede de cooperação. “Nosso objetivo é aumentar o número de instituições participantes, e todas as IES que quiserem poderão fazer parte desse movimento incrível”, afirmou.

A coordenação da Rede de Autoavaliação está a cargo de Paulo Nogas, diretor de Regulação e Avaliação e presidente da CPA da PUC do Paraná. Durante a apresentação o coordenador relatou que “as IES integrantes da rede de cooperação completaram o primeiro ciclo do projeto de autoavaliação e, com a realização de um exercício de trocas de experiências, conseguimos identificar as instituições que foram bem na implantação de 26 indicadores, definidos de forma consensuada entre as IES participantes, e que foram inspirados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU)”.

Segundo Nogas, “ao implantar o projeto a IES utiliza o processo de autoavaliação para o autodesenvolvimento e para o seu ganho de maturidade, aferindo a coerência entre o PDI e o escopo da autoavaliação implantada”. Ele destacou que “o foco da autoavaliação prevista no projeto é a identidade e a gestão institucional, para permitir analisar as políticas, os processos e mecanismos pelos quais a instituição está organizada e sua capacidade de aplicá-los de forma consistente e sistemática em diferentes níveis e identificar a relação entre os propósitos institucionais e os resultados alcançados”.

O coordenador explicou que o objetivo do projeto de autovaliação não é criar um ranking, e sim permitir a cada IES verificar o impacto, os pontos fortes e os aspectos a serem melhorados em relação aos indicadores implantados. “Cada instituição, após fazer a autoavaliação, recebe o seu resultado e a média do resultado obtido pelas demais IES, para se situar em relação ao que pode ser aperfeiçoado, sem estabelecer uma comparação entre as IES”. Ele ressaltou que as rubricas dos indicadores indicam “o grau de atendimento obtido pelas instituições em relação aos objetivos pretendidos e mostram o que a IES ainda pretende atender e o que será atingido no futuro”.  Nogas lembrou que “as IES também poderão verificar a forma como a aplicação dos mecanismos contribui para a valorização da sua identidade, vocação institucional e contexto regional, assim como a relevância de sua contribuição à sociedade do seu entorno”.

IES integrantes da Rede de Autoavaliação recebem certificado (Foto: Jonathan Nóbrega/Semesp)​

As instituições integrantes da rede que implantaram o projeto receberam um certificado de reconhecimento, entregue pela presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, para quem “a palavra chave desse projeto é cooperação”. A presidente parabenizou as IES pelos resultados alcançados e afirmou ter “absoluta convicção de que esse importante instrumento avaliativo vai permitir o aperfeiçoamento, o comprometimento e o cumprimento dos objetivos da IES em seu propósito de oferecer formação de qualidade e atender à satisfação dos alunos, aos marcos regulatórios e à sua própria sustentabilidade”.