Comitiva da Missão Técnica Internacional do Semesp acompanha curso sobre inovação em Harvard

A comitiva da décima segunda edição da Missão Técnica Internacional teve o primeiro dia de atividades nesta segunda, 23, com uma visita a uma das universidades mais conceituadas do mundo, a Universidade de Harvard, localizada em Cambridge, nos Estados Unidos. Lá, os membros da comitiva participaram de um curso sobre inovação acadêmica, organizado pela Laspau, ministrado por professores de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

A primeira apresentação do curso foi do professor de Física e Física Aplicada, Eric Mazur, que iniciou traçando um paralelo entre o ensino pré e pós-pandemia. Mazur contou um pouco sobre a criação de um projeto inovador que une empatia, bem-estar social e problema reais. Segundo ele, a mistura tem motivado os estudantes e funcionado mesmo durante as aulas remotas. O modelo de aprendizagem procura otimizar o tempo presencial, personaliza a instrução e estabelece um sistema de cobrança contínua.

Em seguida, o professor de Engenharia Mecânica Rick Miller fez uma apresentação destacando as maiores preocupações do ensino superior atualmente, apontando algumas soluções que IES norte-americanas adotaram para melhorar questões como saúde mental e bem-estar dos alunos e professores, retorno do investimento financeiro e perda de suporte público.

Justin Reich afirma que apenas o uso da tecnologia por si só não é capaz de transformar a educação

O diretor do Laboratório de Sistemas de Aprendizagem e professor do MIT, Justin Reich, tentou em sua fala dar respostas à pergunta que tem assombrado à educação: “por que o uso isolado de tecnologia não é suficiente para transformar a educação?”. Segundo ele, a tecnologia pode ajudar sim, mas aprender a usá-la não é objetivo. Para ele, o ensino superior deve se apropriar da tecnologia que se adapta às suas necessidades, entendendo o que faz sentido ou não para as instituições de ensino superior.

Para Reich, o que melhora efetivamente a educação é pensar em currículo, metodologias, pedagogia, relacionamento com os alunos etc. Melhorar a educação não é uma questão de disseminar novas ferramentas, afirma ele. O que muda a educação são novas ideias, e elas demoram a acontecer e maturar, precisam passar por uma série de diferentes estágios.

Amitava “Babi” Mitra, do MIT, encerrou o dia de curso falando sobre o lançamento e os resultados de um projeto interdisciplinar para cursos de engenharia que trabalham questões reais, que resultam em novas habilidades e engajamento com as comunidades em que eles estão inseridos. O projeto tem como objetivo repensar o ensino no curso de Engenharia.

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