O presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo – Semesp, Prof. Hermes Ferreira Figueiredo, afirmou nesta quinta-feira, dia 24 de setembro, durante a abertura do 11º Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro (FNESP), em São Paulo, que no Brasil, é a iniciativa privada que tem permitido ao país promover a expansão e democratização do acesso ao ensino superior, “a despeito de uma minoria que teima em não reconhecer o trabalho que o setor desenvolve para a expansão e o aperfeiçoamento da educação”. Segundo ele, “não fosse a colaboração do ensino superior privado, atualmente apenas 5% dos jovens brasileiros teriam acesso à educação superior”.

Em seu discurso para uma platéia de mais de 300 participantes do evento, Figueiredo lembrou que desde 1980 mais de 1.500 novas instituições de ensino superior foram abertas em todo o país, formando mais de seis milhões de alunos, o que representa quase 70% do total de formados no período. Ele citou ainda dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE, realizada em 2008, que revelou que mais de 76% dos alunos no ensino superior estavam matriculados em instituições privadas. “O significado desses números em termos de desenvolvimento econômico e social para o país é evidente”, sentenciou.

Na opinião do presidente do Semesp, o Brasil precisa ampliar com urgência o percentual de jovens de 18 a 24 anos matriculados no ensino superior, sob o risco de ver o seu futuro seriamente ameaçado. “Atualmente esse índice não chega a 13%. Mas até bem pouco tempo, no início dos anos 90, antes que as instituições privadas promovessem a grande expansão da educação superior do país, a situação era ainda pior. O índice era de pouco mais do que 3%”, informa.

O educador citou uma pesquisa inédita promovida pelo Semesp, que aponta o índice de imagem e reputação das instituições privadas de ensino superior do Estado de São Paulo, e que será apresentado durante o evento amanhã (sexta-feira, 25), pela CDN Estudos & Pesquisa. Segundo Figueiredo, o levantamento comprovou que o ensino superior aumenta a empregabilidade dos alunos.

“Depoimentos de egressos do ensino superior oriundos de famílias de classes sociais menos favorecidas, nas quais nenhum integrante teve oportunidade de cursar uma graduação, revelam que, mais do que o acesso a melhores empregos, a educação superior contribui também para a auto-estima, a dignidade e o orgulho dos estudantes e de suas famílias”, disse Figueiredo, segundo o qual “mais de 75% dos entrevistados dos vários públicos ouvidos na pesquisa concordam com a afirmação de que as instituições do ensino superior privado garantem que um número maior de pessoas ingresse no ensino superior”.

O educador finalizou dizendo que o setor privado precisa reconhecer o seu valor e se orgulhar do enriquecimento econômico, social e cultural que propiciou ao país por meio da capilaridade e da pluralidade das suas instituições: “Afinal, são mais de 900 municípios no Brasil com oferta de pelo menos um curso de nível superior, que respeita a diversidade de costumes, as preferências e as características regionais”.

 

Próximas sessões


Até sexta-feira (25), importantes conferencistas especializados em economia, ciências sociais, educação e propaganda conduzirão os debates no 11º FNESP, como Eduardo Gianetti da Fonseca, economista e cientista social do Insper, Martin Escobari, sócio da Advent International e fundador do Submarino.com, Celso Loducca, presidente da Loducca Publicidade, entre outros. O evento contará ainda com palestrantes internacionais: José Joaquim Mira, presidente da Agência de Avaliação e Acreditação da Espanha, e Cláudio Rama, diretor do Observatório de La Educación en América Latina, que apresentação o projeto de criação da Agência de Acreditação do Ensino Superior, independente do MEC.

O programa completo do evento está disponível no Portal do Semesp (www.semesp.org.br).

 

Na abertura do 11º FNESP nesta quinta-feira, dia 24, Hermes Figueiredo (foto) afirmou que sem as instituições particulares apenas 5% dos jovens brasileiros teriam acesso à educação superior. Em seu discurso para uma platéia de mais de 300 participantes do evento, Figueiredo lembrou que desde 1980 mais de 1.500 novas instituições de ensino superior foram abertas em todo o país, formando mais de seis milhões de alunos, o que representa quase 70% do total de formados no período.