Cerca de 80 gestores de 40 IES participaram nessa terça-feira, dia 1º de setembro, do 1º Seminário de Tecnologia Educacional: Inovação como Solução Estratégica. O evento realizado no Centro Histórico do Mackenzie, em São Paulo, marcou o lançamento do Novo Sindata – Sistema de Informações do Ensino Superior Privado, considerado o maior banco de dados do setor, desenvolvido pelo Semesp como ferramenta de gestão para as IES.

 

Custódio Pereira, diretor do Semesp e diretor geral das Faculdades Integradas Rio Branco, abriu o evento falando da importância da ferramenta para o setor. “Iniciativas como o Sindata revelam a importância do levantamento de dados para o ensino superior privado que é sempre alvo de críticas, mas é o que mais forma para o mercado de trabalho”.

 

Responsável pelo desenvolvimento do Novo Sindata, o diretor executivo do Semesp Rodrigo Capelato afirmou em sua apresentação que “é a primeira vez que o setor privado tem à disposição um sistema de gestão dos indicadores econômicos do setor. O Novo Sindata reflete o momento de profissionalização das IES”.

 

Capelato contou, ainda, que em 2004, quando foi lançada a primeira versão do Sindata, o sistema era extremamente detalhado e havia a necessidade de inserir os dados mensalmente, o que desanimou os usuários. “A nova versão do Sindata foi estruturada com base no sistema operacional do Censo da Educação Superior do MEC, para facilitar a alimentação dos dados. Mas, diferentemente do Censo, as IES poderão ter acesso aos dados consolidados no momento seguinte em que preenchê-los. O MEC divulga os dados com dois anos de defasagem e somente dados gerais. Com o Sindata, a instituição poderá fazer recortes por porte, região, natureza jurídica e organização acadêmica e baixar os resultados no seu computador, através de planilhas de Excel”, explicou.

 

Criado pela Gerência de Tecnologia de Informação do Semesp e administrado pela Assessoria Econômica do Sindicato, o Novo Sindata é alimentado diretamente pelas instituições de ensino superior do Estado de São Paulo. “O sistema está organizado em Graduação Presencial, Graduação a Distância, Extensão Universitária, Dados de Pessoal, Dados de Infraestrutura e Dados Financeiros, o que facilita todo o processo de busca e análise de dados”, avaliou Angelo Betti, gerente de TI do Semesp e coordenador da nova ferramenta.

 

Painel de visualização – O Novo Sindata contará ainda com uma ferramenta exclusiva para os associados do Semesp: o painel de visualização. O software, desenvolvido pela TNT Technology, empresa especializada em tecnologia para gestão de Instituições de Ensino, permite a geração de gráficos comparativos.  Com o painel, cada mantenedora associada poderá visualizar indicadores financeiros da sua instituição em comparação com o mercado, a partir de variáveis como: porte, região, natureza jurídica e organização acadêmica. 

 

Para Fernando Mikali, presidente da TNT Technology, “há dez anos o setor privado não estava sensível às ferramentas de tecnologia de informação. Isso está mudando, pois existe hoje uma busca pelo diferencial competitivo. Mas é algo muito novo ainda”.

 

Além do painel de visualização oferecido gratuitamente aos associados do Semesp, a parceria com a TNT envolve ainda um desconto para associados nos produtos da empresa: sistema integrado de gestão, portais e o Dashboard (painel de controle).

 

Alunos do século XXI – Além da apresentação do Novo Sindata, o evento contou com quatro palestras. A primeira foi sobre o aluno do século XXI com a coordenadora de pesquisa em tecnologia educacional da Positivo Informática, Betina Von Staa.  Com base em uma experiência realizada pela Positivo que distribuiu notebooks para alunos do ensino básico de escolas públicas e privadas de Belo Horizonte, Betina concluiu que “na hora que a tecnologia entra na escola como ferramenta de estudo, o aluno usa três vezes mais para estudar do que para lazer”.

 

Tecnologia da Informação – A segunda palestra abordou a importância da gestão de TI para as IES particulares e as ferramentas técnicas necessárias. Gustavo Domingues Dias, diretor de TI da Universidade do Sul de Santa Catarina, avaliou que “antes de tudo é necessário fazer um plano estratégico de gestão de TI, em que são detectadas as necessidades da empresa. Depois, definimos as estratégias e por fim, o plano de ação”.

 

Para ele, não existe solução genérica pronta em gestão de TI. “Cada software atende a uma necessidade, mas é preciso fazer uma análise bastante criteriosa dos fornecedores. Para nós, a escolha do fornecedor é estratégica. A qualidade do serviço prestado é tão importante quanto o preço.”

 

Business Intelligence – A segunda rodada de palestras tratou da estratégia à operação e foi ministrada pelo gerente de Business Intelligence (BI) da Red&White IT Solutions, Paulo Batista.

 

Com exemplos de um case realizado pela Red&White, Batista apontou a importância da comunicação. “A concorrência é muito grande no setor educacional. E, buscar mais integração, é fundamental para fazer com que a comunicação chegue a todas as áreas de uma instituição. Não podemos esquecer que a comunicação é um negócio estratégico”, alertou. Sobre um modelo de BI pronto, Batista esclareceu: “não existe um modelo de Bussiness Intelligence fixo, completo. É preciso construir o modelo de cada instituição, personalizado e que atenda suas demandas internas e externas”.

 

Planejamento de tecnologia – O ciclo de palestras foi finalizado por Ricardo Menezes, diretor da unidade de negócios governo, saúde e educação da Dell Brasil. Menezes trouxe o que ele chamou de “arquitetura pedagógica da tecnologia” dando como exemplo o case do Google. Os gestores da empresa unem o trabalho ao lúdico do ambiente, instalando entre os andares escorregadores no lugar de escadas, salas de descanso com tv e vídeo game, entre outros benefícios buscando criar ambientes favoráveis para a satisfação do colaborador, ampliando, assim, seu rendimento e criatividade durante o período de trabalho.

 

O executivo também fez um panorama da empregabilidade do século 21. “A natureza do trabalho mudou. Um jovem até 38 anos vai ter cerca de 10 empregos, diferentemente de gerações passadas que tinham, no máximo, dois durante a vida. Até 2011, 75% da força de trabalho será móvel. Não teremos um escritório fixo para trabalhar”.

 

Já sobre a nova geração de alunos, Menezes avalia: “Precisamos chegar ao século 21, apesar de muitos ainda estarem no 19. E qual é o papel da tecnologia neste novo cenário? Ser digital é natural para essa geração. Os alunos estão acostumados a se divertir aprendendo”, finalizou.

 

 

Cerca de 80 gestores de 40 IES participaram no dia 1º de setembro, do 1º Seminário de Tecnologia Educacional: Inovação como Solução Estratégica. O evento realizado no Centro Histórico do Mackenzie, em São Paulo, marcou o lançamento do Novo Sindata – Sistema de Informações do Ensino Superior Privado, considerado o maior banco de dados do Ensino Superior, desenvolvido pelo Semesp como ferramenta de gestão para as IES.