O economista brasileiro Celso Furtado (1920-2004) escreveu Criatividade e dependência na civilização industrial em 1978, mais de uma década antes da criação do conceito de economia criativa. Ele analisou o modelo de industrialização do Brasil e afirmou que o país se industrializou mas não rompeu com a dependência porque o processo não foi pautado pelo gênio criativo brasileiro. “Ou seja, nós não mobilizamos a capacidade criativa do país”, afirma João Luiz de Figueiredo, coordenador do Mestrado Profissional em Gestão da Economia Criativa da ESPM, no Rio de Janeiro.

O conceito, assim como a economia e a indústria criativa propriamente, ainda estão em construção. O setor não tem suas fronteiras bem delimitadas. É um guarda-chuva que abriga ocupações criativas. “De modo geral, estamos falando de atividades que são intensivas em cultura, em capacidade criativa, que produzem valor simbólico – cada vez mais determinante na formação do preço das coisas. A forma de monetização principal é o direito autoral, a propriedade intelectual.”

Engloba as atividades culturais e as chamadas criativas-funcionais, que oferecem produtos com determinadas funções, como uma cadeira que custa 10 mil reais por causa do design, ou um prédio com belo projeto arquitetônico que precisa oferecer condições de moradia, ou mesmo a publicidade, que precisa comunicar para vender.

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