Jornal Em Foco (On-line) – 17 de julho de 2018

Com o desenvolvimento das tecnologias e mídias digitais, já é comum estudar pelas telas dos celulares e notebooks e, com isso, muitos professores migraram das salas de aula para os canais do YouTube, como forma alternativa de ensino.

Todos os dias mais de um bilhão de pessoas são bombardeadas por conteúdos e informações de diversas áreas nos canais do YouTube. De acordo com as estatísticas oficiais do YouTube, o site conta com mais de um bilhão de usuários, está localizado em 88 países, é disponível em 76 idiomas, e mais de um bilhão de horas são assistidas no site todos os dias.

Considerando o rápido desenvolvimento de novas tecnologias e mídias digitais e as dificuldades da carreira, muitos professores partiram para esse novo meio de ensino: as videoaulas. Se antigamente era possível encontrar um ou outro programa de televisão que disponibilizava alguns conteúdos acerca de determinada disciplina, hoje é quase impossível não se esbarrar com algum professor enquanto se navega pela internet.

De acordo com o blog oficial do YouTube, em 2012 existiam na plataforma YouTube EDU mais de mil canais educativos. Na descrição do canal em português, o YouTube Educação, os conteúdos são voltados para o Ensino Fundamental e o Médio e abrangem as disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Ciências (Química, Física e Biologia), História, Geografia, Língua Espanhola e Língua Inglesa.

Por outro lado, nas escolas regulares pode se observar a diminuição do número de professores que vem acontecendo nos últimos anos. Isso também pode ser visto na queda da busca por cursos de licenciatura nas universidades e até mesmo no fechamento de cursos de licenciatura em algumas instituições. De acordo com o Mapa do Ensino Superior no Brasil de 2015 elaborado pelo Semesp, os cursos de bacharelado cresceram 28%, enquanto os cursos de licenciatura caíram 5%. Especialistas da Semesp ainda alertam para um possível “apagão” de professores em um futuro próximo.

Não se pode afirmar que os canais do YouTube ou qualquer outra plataforma que venha a ser criada irão tomar o lugar das aulas presenciais e até mesmo da própria escola. O fato é que, levando em conta a grande quantidade de aulas disponibilizadas na internet, a gama de professores atuantes na web e o cenário educacional brasileiro, pensar em educação básica online é uma realidade. Pode-se tomar como exemplo a proposta para o Novo Ensino Médio, na qual é proposta a oferta de até 40% da carga horária à distância. Quanto a essas novas diretrizes, cabe aos órgãos competentes analisar as reais condições da educação brasileira e orientá-la da melhor maneira possível.

Confira na íntegra.