15º Fnesp

Competitividade e Mudanças no DNA Institucional

O ambiente competitivo do ensino superior exige que os gestores façam a “disruption”, ou seja, ruptura com os velhos paradigmas. Esse rompimento acontece em diferentes frentes, como por exemplo, no ensino de governo e gestão, no modelo de ensino e aprendizagem, na forma como realizamos o nosso trabalho cotidiano, em função das novas tecnologias e meios de comunicação, na forma como nos relacionamos com os alunos que estão interessados em experiências diferentes e possuem demandas que nem sempre entendemos ou estamos atentos.

A ruptura exige posturas e decisões diferenciadas dos gestores, requer uma reorganização da IES. As mudanças tendem a contribuir para um novo DNA, ou mesmo, o fortalecimento do já existente. Para uma IES ser competitiva é preciso ter consciência de sua identidade, focar em prioridades e fazer as inovações e rompimentos necessários.

O DNA é entendido como a identidade da IES, como aquilo que caracteriza a instituição. É a forma como a sociedade enxerga a IES. A IES bem organizada e definida em sua identidade, governo, gestão, cultura, programas e estilo acadêmico constrói uma imagem perante a sociedade e tem um DNA estruturado. A imagem não pode ser o reflexo do desejo, mas sim, de ações e resultados concretos. Sabemos definir o DNA da IES em que trabalhamos? Qual é o DNA da nossa IES? O DNA não pode ser confundido com “planejamento no papel” e “pios desejos”.

Um DNA se constrói com pessoas comprometidas. A sua definição é fruto de uma ambição coletiva. Requer um alto nível de engajamento institucional. O compromisso e o engajamento devem ser de todos os setores, especialmente, os estratégicos. Não se pode admitir um governo de IES sem rumo ou formado por pessoas que não tomam decisões coletivas ou que não colocam em prática estratégias coletivas. Os líderes são referência e inspiração institucional. A prioridade para as organizações é saber quem está comprometido e não saber para onde a instituição vai ou onde se quer chegar.

A preocupação com o quem, passa pela composição do time de gestores e, especialmente, dos professores. Em um contexto de ruptura, ter um corpo docente pouco interessado no uso das novas metodologias de ensino ou no uso da tecnologia é um problema sério. É preciso saber quem está “fora do ônibus”. Estar fora do ônibus significa não estar comprometido com as mudanças ou com as perspectivas institucionais. São pessoas que estarão pisando no freio e podem atrasar ou colocar-se em uma posição contrária às mudanças em curso.

Uma IES sem rumo, sem perspectivas de mudanças ou com crise de poder tende a ser obsoleta, desorientada e despersonalizada. Uma IES obsoleta não terá lugar no século XXI, em função da dinâmica do ensino superior. A desorientação representa a fragmentação, a “esquizofrenia institucional”, a incapacidade de realizar o planejamento e inspirar as pessoas. A despersonalização indica que a IES não tem imagem percebida, não consegue comunicar o que é e o que quer. É uma IES que não conseguiu agregar valor. O terceiro tema para a reflexão refere-se ao time de governo e gestão: a IES tem um time comprometido? Há pessoas certas nos lugares certos? A IES tem orientação bem definida de curto, médio e longo prazos?

No Brasil, há gestores que reconhecem que é preciso implementar inovações acadêmicas. Há iniciativas de inovação metodológica, mas de modo geral muitos estão sem saber como aplicar ou implementar as inovações. Muitos não sabem como fazer ou qual é a melhor metodologia de ensino. Há gestores que enfrentam resistências acadêmicas. A questão não é saber qual a melhor inovação.

O sucesso da IES passa necessariamente pelo desenho da organização institucional. Somos instituições com uma alta capacidade de aprendizado. A nossa competitividade no ambiente em que atuamos está diretamente vinculada a algumas decisões, entre elas: a) escolher bem o time de governo e gestão e investir nas pessoas que podem manter o DNA ou fazer as modificações necessárias, se for preciso (pessoas que podem assumir o projeto no futuro); b) conhecer o ambiente da educação superior e tornar a instituição competitiva em um ambiente dinâmico, global e caracterizado pela economia do conhecimento, que exige inovação; c) definir as estratégias e olhar permanentemente para a eficiência dos custos e para os indicadores; d) ser capaz de promover a inovação acadêmica (no sentido amplo) e escolher e capacitar os professores; e) cuidar da formação e das demandas dos estudantes; f) utilizar a tecnologia na gestão e na dinâmica acadêmica da IES.

Em um ambiente de “disruption”, cabe aos gestores de IES realizarem as mudanças necessárias e, se for o caso, modificar o DNA. De toda forma, a inovação e o alinhamento com a dinâmica e demandas do século XXI , sem perder a identidade, são componentes inerentes à manutenção da competitividade institucional.

Ser responsável pelo governo ou gestão de uma IES é assumir a responsabilidade de fazer as rupturas que são necessárias, no momento correto. Postergar as mudanças pode representar aumento de custo e perda de competitividade. Não fazer as inovações necessárias significa tornar a instituição obsoleta. Não ter visão de futuro é contribuir com a desorientação e despersonalização da IES. Nossos gestores erram ao fazer “o mais do mesmo”.

1º dia – 26/09/2013

9h

Abertura

Hermes Ferreira Figueiredo

Presidente do Semesp

9h30

Conferência

Competitividade Global e Ensino Superior

Ricardo Amorim

Economista, debatedor do programa Manhattan Connection da Globo News. Colunista na revista IstoÉ e apresentador da coluna Economia & Negócios na Rádio Eldorado.

10h30

☕ Coffee-break e Networking

11h

Sessão 1

Competitividade e Mudanças no DNA Institucional

Fenton L. Broadhead

Vice-Presidente Acadêmico da Brighan Young University – Idaho – EUA

Luis Fábio Mesquiati

Pesquisador do Institute of Education, University of London – Inglaterra

Carlos Alberto G. Filgueiras

Presidente da DeVry Brasil

Rogério Massaro Suriani

Assessor Acadêmico da FAAP

13h

🍴 Almoço oferecido pelo evento

14h30

Sessão 2

Competitividade e Gestão das Mudanças na Atitude dos Professores, no Currículo e nas Metodologias de Ensino.

Mauro Ferreira

Professor Associado da School of Physics do Trinity College – Dublin – Irlanda

Anna Penido

Diretora Executiva do Instituto Inspirare – Programa Porvir

Alexandre Gracioso

Vice-presidente da ESPM

16h

☕ Coffee-break e Networking

16h30

Sessão 3

Competitividade e Gestão dos Estudantes – Retenção e Fidelização

George D. Kuh

Diretor do Instituto Nacional de Resultados de Avaliação da Aprendizagem (NILOA), Indiana University – EUA

Solano Portela

Diretor Educacional do Instituto Presbiteriano Mackenzie

Pedro Melo

Coordenador do Mestrado em Gestão Universitária da Universidade Federal de Santa Catarina

18h

🥂 Coquetel de Confraternização e Lançamento de Livro

Lançamento do livro Empreendedorismo e Inovação no Ensino Superior, organizado pelo Fábio José Garcia dos Reis com base nas discussões realizadas durante o 14º Fnesp.

2º dia – 27/09/2013

9h

Sessão 4

Competitividade, Rankings e Qualidade

Rogério Meneghini

Coordenador do Ranking da Folha de São Paulo – RUF

Claudia Maffini Griboski

Diretora de Avaliação da Educação Superior – DAES/INEP/MEC

Lisandra Matias

Editora do Guia do Estudante – Editora Abril

Antônio Carlos Caruso Ronca

Assessor do Ministro da Educação

11h

☕ Coffee-break e Networking

11h30

Sessão 5

Competitividade, Talentos e Ética no Ensino Superior

Fernando Schuler

Diretor Geral do Grupo Ibmec do Rio de Janeiro

Marcelo Patrício

Coordenador de Curso de Comércio Exterior, Logística e Gestão Portuária – Faculdade São Vicente – UNIBR

Henrique Luís Sá

Vice-Reitor de Ensino de Graduação – Universidade de Fortaleza – UNIFOR

Marcos Vono

Sócio da Escola Paralela Serviços Educacionais

13h

🍴 Almoço oferecido pelo evento

14h30

Encerramento

Competitividade e Planejamento do Marketing

Luís Paulo Rosemberg

Economista, Vice-Presidente de Marketing do Sport Clube Corinthians Paulista, Presidente da Rosenberg Partners. Ex-Professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV), da Universidade de Brasília (UnB) e do ITA – Instituto Tecnológico da Aeronáutica.

Maurício Melo de Meneses

Presidente do Mackenzie

patrocinadores do 15º fnesp