Independente da profissão escolhida é quase impossível se manter livre do uso do computador, celular e aparelhos eletrônicos, cada vez mais é preciso dominar uma tecnologia. Uma pesquisa feita em nove países com jovens entre 16 e 25 anos revelou uma lacuna de conhecimento técnico entre os que vivem em economias desenvolvidas e emergentes. Em países como China e Brasil, 68% dos jovens têm medo que a falta de habilidades em tecnologia possa prejudicar sua carreira. Na França, essa preocupação cai para 53% e na Austrália para 51%. “A tecnologia não para de se modificar, então é importante que os jovens estejam sempre antenados com tudo aquilo que é novo”, disse Wagner Sanchez em entrevista ao Jornal da Cultura.

Esse abismo na perspectiva tecnológica entre economias ricas e pobres está diretamente ligada ao investimento em educação. Enquanto os emergentes ainda patinam no ensino básico, os desenvolvidos preparam os jovens para futuras profissões. É o que acontece nos EUA, nos últimos anos o presidente Barack Obama reforçou os investimentos no curso de ciência da computação no currículo escolar. Não para formar cientistas ou profissionais da área, mas pessoas aptas a lidar com inovações tecnológicas em suas carreiras.

Tema do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, a chamada Quarta Revolução Industrial vai exigir que os jovens dominem as novas tecnologias para que possam ser eficientes em suas áreas de atuação, independente de qual for. Isso porque essa nova revolução vai acabar com mais de sete milhões de empregos em todo o mundo e criar apenas dois milhões. Segundo uma pesquisa feita pelo próprio Fórum, 65% das crianças que atualmente estão no ensino fundamental, vão trabalhar em empregos que ainda nem foram criados.

Wagner Sanchez é professor de graduação e MBA em tecnologia, gestão e inovação. Ele também está na direção Acadêmica da Fiap e compõe o Corpo Docente da Universidade Corporativa Semesp.

Assista a reportagem na íntegra (41:45 à 44:02):