Nos dias 11 e 12 de maio, aconteceu na cidade de Múrcia, na Espanha, o V Encontro dos Presidentes da MetaRed. Talvez, o leitor não saiba o que é MetaRed. Vamos lá: é um movimento de cooperação iberoamaricano entre IES públicas e privadas, iniciado em 2018, com o suporte da Universia. A cooperação é organizada em três frentes: a) tecnologia e transformação digital; b) empreendedorismo; c) ESG.  No Brasil, as frentes se organizam em Metared TIC, MetaRed X e MeraRed ESG.

Nas três MetaRed há um modus operandi no funcionamento da rede: há grupos de trabalhos temáticos que se organizam de forma semelhante em todos os países. A estrutura organizacional é a mesma: há uma coordenação global das três MetaRed, baseada na Universidade de Múrcia, na Espanha. Em cada frente há um presidente, um secretário executivo e coordenadores dos grupos de trabalho (GT).

Há uma série de vantagens em participar da MetaRed: a) a cooperação e a troca de informações em temas relevantes; b) a sinergia entre os GTs na abordagem de temas de interesse comum; c) o desenvolvimento de projetos e pesquisas que transcendem a IES, o que gera impacto e relevância das atividades realizadas de forma coletiva; d) a possibilidade de mobilidade entre os participantes da MetaRed para conhecer as boas práticas de outras IES; e) o incentivo à internacionalização; f) o suporte de organizações como UNESCO, BID e União Europeia; entre outras.

A MetaRed TIC Brasil é presidida pela professora Lúcia Teixeira, presidente do Semesp e da Unisanta. Eu sou o secretário executivo. Desde 2013, sou um dos responsáveis pelo Consórcio Sthem Brasil (rede de 66 IES públicas e privadas). Em 2016, iniciei minhas atividades no Semesp, onde coordeno o projeto de Redes de Cooperação, que reúne 137 IES em 20 redes. São 10 anos focados em cooperação e formação de redes. Em função das diferentes redes das quais participo, estou envolvido com mais de 250 IES. Sou grato por ser um dos responsáveis pela MetaRed TIC.

Caro(a) leitor(a), vou argumentar sobre o porquê você deve participar dessa rede, já que estou diretamente envolvido com ela. A MetaRed TIC se propõe a realizar um constante levantamento das tecnologias existentes, a sugerir o seu uso, a formar pessoas, a integrá-las na dinâmica das IES, a discutir as competências digitais dos docentes, a tratar do tema da cybersegurança, a mapear os seus fornecedores, a instigar as IES a adquirirem maturidade digital e a fomentar a transformação digital, sendo esta, provavelmente, seu o maior desafio. Tratamos do tema da tecnologia de forma ampla, em GTs que se organizam nacionalmente, mas que possuem vínculos internacionais.

Pela minha experiência na área de redes, acredito que uma IES pode desenvolver bons projetos na área de tecnologia, mas o trabalho coletivo tende a ser mais consistente e a gerar mais impacto do que o individual.   São 10 MetaRed TIC espalhadas em 22 países, pois há países que trabalham de forma integrada. Há mais de 1.400 IES envolvidas e 59 GTs.

Caro(a) leitor(a), se você acredita em cooperação, espero que perceba as vantagens de participar de uma rede com essa dimensão. A MetaRed TIC no Brasil está organizada em cinco GTs: a) Tecnologias Educacionais, coordenado por Marco Carvalho, da Unicamp; b) Mulheres na TIC, coordenado por Cristina Elisei, da Fatec; c) Cybersegurança, coordenado por Domingos Sávio, da Unit; d) Relação com Fornecedores, coordenado por Ewerton Nunes, da Faesa; e) Maturidade Digital, coordenado por Marcelo Bardi, da FAE.

Temas como transformação digital, uso de tecnologias educacionais no processo de ensino e aprendizagem, competências digitais, inclusão e igualdade de oportunidades estão na agenda de prioridades para o ano de 2023. Faço o convite para que participem e entrem em contato conosco para conhecerem os nossos objetivos e ações.

Agradeço aos Universia/Santander e Semesp pelo suporte ao projeto MetaRed TIC. Faço outro convite: participem do V Encontro Nacional da MetaRed TIC, nos dias 29 e 30 de junho, na Unisanta, na cidade de Santos.