Entre os temas do 13° Seminário de Tecnologia Educacional, a questão da cibersegurança a partir da LGPD

O Semesp realizou nesta quinta, 1° de dezembro, o primeiro dia do 13° Seminário de Tecnologia Educacional, evento realizado de forma virtual e que tem como tema os Desafios de TI na Transformação Digital do Ensino Superior. Nesse primeiro dia, o seminário discutiu questões como a LGPD e a integração de ferramentas de tecnologia dentro do processo de transformação digital das IES.

O diretor-executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, abriu o evento reforçando a importância da transformação digital, tema que ficou ainda mais em evidência graças às mudanças demandadas pela pandemia da Covid-19. “Essa é uma questão bastante complexa que está na agenda do setor e envolve uma ampla gestão de plataformas e soluções para melhor atendermos nossos alunos”, avaliou ele antes de passar a palavra para Domingos Sávio Alcântara Machado, vice-presidente de Estratégia, Internacionalização e Inovação do Grupo Tiradentes, que contextualizou a primeira palestra do seminário, Ataques Cibernéticos e a Segurança de Dados, com Aspectos da LGPD.

Concordando com Capelato, Domingo Machado reforçou que a pandemia funcionou como um catalizador para uma série de processos de mudanças que envolvem a questão da cibersegurança. “Quanto mais exposição se tem, mais vulneráveis as empresas ficam”, alertou. “Um dos desafios das IES é manter toda uma infraestrutura para que todas as plataformas e soluções funcionem com segurança. Não se faz transformação digital sem pensar em segurança”, decretou. “Por isso, as IES devem encarar a segurança da forma mais profissional possível, preocupando-se com todas as vulnerabilidades da empresa”.

Para Luciano Lourenço, líder do Pilar da Lei Geral de Proteção Dados na Microsoft Brasil, para fazer a transformação digital, as IES precisam antes de tudo confiar na tecnologia, levando em consideração a questão da segurança. “Estamos navegando por um mundo em mudança, com a natureza dos negócios e dos trabalhos se transformando”, disse ele. “Mas é preciso ter cautela porque as ferramentas convencionais de segurança não têm avançado no mesmo ritmo das ameaças, além dos custos das violações e das regulamentações terem aumentado”, contextualizou.

Em relação à LGPD, Lourenço afirmou que a legislação não é uma boa prática, e sim uma lei que precisa ser cumprida. Ele citou uma série de boas práticas relacionadas à segurança que devem ser praticadas pelas IES, como o gerenciamento e centralização da postura de segurança com governança, a proteção das contas dos usuárias, administradores e aplicações e a habilitação de uma proteção contra ameaças. Luciano Lourenço terminou sua fala lembrando da falta de profissionais de cibersegurança, afirmando que, até 2024, o Brasil deve enfrentar uma carência de cerca de 400 mil profissionais da área.

Rodrigo Estevam, CEO da Startup LEXP, apresentou palestra sobre A Importância de Ferramentas Integradas no Processo de Transformação Digital

A segunda palestra da manhã girou em torno do tema A Importância de Ferramentas Integradas no Processo de Transformação Digital e contou com falas de Uipirangi Câmara, coordenador de Pesquisa e Extensão no Centro Universitário UniOpet, e de Rodrigo Estevam, CEO da Startup LEXP. Uipirangi Câmara começou apontando que as IES precisam saber que as tecnologias devem ser utilizadas para alcançar os objetivos desejados, no caso delas a melhorias dos processos de atendimento dos alunos. “Nosso propósito é a educação, então é preciso haver uma mudança de mentalidade para que as IES ofereçam ferramentas que agilizem processos focando nesse propósito”, defendeu.

Rodrigo Estevam afirmou que existe uma infinidade de soluções tecnológicas para que as IES atuem de maneira sinérgica melhorando o atendimento e a experiência dos seus alunos. Diante desse cenário de possibilidades, as IES devem se perguntar qual a experiência que elas quererem oferecer aos alunos. “A resposta para essa pergunta definirá os esforços a serem aplicados e o que será necessário em termos de acesso e experiência”, pontuou. “O foco é a educação e o que pode tornar o processo educacional mais efetivo e qualificado”.

Para Estevam, outra necessidade que deve guiar o processo de escolhas de ferramentas e soluções integradas é a autonomia dos estudantes. “Entre os benefícios de uma visão integrada de tecnologia está o oferecimento de um atendimento mais humanizado e personalizado aos estudantes, deixando esse processo menos burocrático e abrindo espaço para que os alunos foquem no principal, sua jornada acadêmica”, finalizou.

O 13° Seminário de Tecnologia Educacional prossegue com novas discussões nesta quinta, 2 de dezembro. Confira a programação completa aqui.