Durante a reunião, Lúcia Teixeira manifestou a satisfação do Semesp “por ter inspirado essa agenda a partir das experiências das 14 redes de cooperação mantidas pela nossa entidade”.

A presidente do Semesp Lucia Teixeira participou nesta segunda-feira (14) de reunião remota organizada pelo Conselho Nacional da Educação (CNE) para debater com um grupo de entidades que representam o ensino superior público e privado o texto da Resolução que formaliza a formação das Redes de Cooperação entre instituições de ensino superior.

Participaram da reunião a presidente do CNE, Maria Lucia Guimarães de Castro, o presidente da Comissão de Redes de Cooperação, Mozart Neves Ramos, e o relator da resolução e vice-presidente do CNE, Luiz Roberto Liza Curi, além de representantes de várias entidades representativas do setor do ensino superior de todo o país.

Em sua fala na abertura do evento, Lucia Teixeira considerou a resolução “um avanço importante, na medida em que permitirá às IES atuarem formalmente de forma coletiva em diferentes formatos e objetivos”, e manifestou a satisfação do Semesp “por ter inspirado essa agenda a partir das experiências das 14 redes de cooperação mantidas pela nossa entidade, cuja formação vem desde 2016, e que reúne IES de todas as regiões do Brasil e de todos os portes”.

Ela lembrou que “o Semesp contribuiu com as discussões sobre esse assunto durante várias reuniões com o CNE ao longo de 2021, colaboração que envolveu, inclusive, a realização de um evento remoto com a participação da Association for Collaborative Leadership (ACL), organização da qual o Semesp é membro, e que reúne consórcios de IES dos EUA e Canadá, além de encontros com representantes das várias redes de cooperação mantidas pela entidade para discutir a proposta”.

A Resolução elaborada pelo CNE contempla a possibilidade de que as Redes de Cooperação sejam constituídas por iniciativas de IES devidamente credenciadas e em funcionamento regular perante os organismos do Ministério da Educação. O texto da resolução tem recebido a contribuição de várias entidades representativas do setor, após consulta pública realizada em dezembro, refletindo um consenso que objetiva contribuir para que o parecer do relator seja aprovado em plenário pelo Conselho e encaminhado ao Ministério da Educação para homologação.

Segundo Luiz Roberto Liza Curi, “o CNE está envolvido nesse tema porque entendemos que é a forma mais dinâmica de implantar uma política pública, e o objetivo da Resolução é a organização institucional e curricular visando induzir as agendas das IES à cooperação, para que sejam geradas novas pedagogias e novas formas de aprendizado, impactando na qualidade do ensino, pesquisa e extensão no pais”.

Lisa Curi afirmou que o CNE vai avaliar as novas contribuições das entidades apresentadas durante a reunião “para dar clareza à resolução, procurando ver aquilo que nos une e não aquilo que nos separa, e proporcionando melhorias na governança e nos resultados das redes já existentes, bem como na gestão e nas realizações das redes que ainda serão formadas”.

Durante a reunião, o diretor de Inovação e Redes de Cooperação do Semesp, Fabio Reis, destacou que “políticas públicas são construídas pelo diálogo e pela diversidade de opiniões, a partir de demandas do próprio formulador público ou pela sociedade”. E lembrou que, “das 276 IES que integram as Redes vinculadas ao Semesp, pelo menos 100 contribuíram e estão vendo a elaboração dessa Resolução como um avanço”.

Segundo o diretor, “no Semesp temos redes de vários graus de maturidade, e algumas dessas redes estão avançando muito; na medida em que a Resolução do CNE reconhece o trabalho coletivo dessas instituições, acredito que muitas dessas redes vão fazer questão de formalizar o processo em que estão envolvidas atualmente, e usufruir dos benefícios que ela oferece, enquanto outras continuarão a ver o documento com bons olhos, mas provavelmente não vão aderir aos seus termos até atingirem um grau maior de maturidade”, afirmou Reis.

Será agendada uma outra reunião da Comissão do CNE a partir das novas observações e contribuições das entidades ao texto da Resolução, que segundo o relator será concluída quando alcançar consenso em relação ao fortalecimento de políticas institucionais das IES e à ampliação do compromisso das mesmas com a sociedade, além do aperfeiçoamento de políticas estratégicas curriculares, diversificação das formas de aprendizado, impacto na formação dos docentes e na internacionalização das IES, entre outros benefícios.