Entidade pediu em ofício enviado ao governo em janeiro que medida fosse adotada para professores e profissionais de educação de todos os níveis

O Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior no Brasil, elogiou nesta quarta-feira (24), o anúncio feito pelo governo estadual de São Paulo de que a imunização dos profissionais de educação começará no dia 12 de abril, atingindo 350 mil professores, inspetores e diretores de escolas que trabalham diretamente no ensino nas redes municipal e estadual, nas redes pública e privada.

Segundo o diretor executivo Rodrigo Capelato, porém, desde janeiro o Semesp havia encaminhado ofício para as Secretarias de Educação e de Saúde estaduais, lembrando que “a vacinação de professores e demais profissionais da educação é premente para que a prestação dos serviços educacionais possa ser retomada, preservando a saúde dos colaboradores de escolas, faculdades, centros universitários e universidades”.

“No ofício, assinado pelo presidente Hermes Ferreira Figueiredo, ressaltamos inclusive que não basta vacinar os professores, sem que todo pessoal técnico-administrativo, responsável pelo apoio à prestação dos serviços nas instituições de ensino, também seja atendido”, disse Capelato.

Para o diretor executivo do Semesp, o pedido para que o Plano Estadual de Imunização contra a Covid-19 (Plano São Paulo) desse prioridade à imunização de professores e demais profissionais da educação de todos os níveis, do ensino básico ao ensino superior, “é fundamental para que o segmento possa retomar suas atividades e cumprir sua missão como força motriz da recuperação econômica, dando continuidade à formação e à capacitação necessárias para ampliar o potencial produtivo da população do estado, a exemplo do que vem ocorrendo nos países que consideram a Educação como atividade essencial”.

Capelato lembrou ainda que, de acordo com estudo elaborado pelos organismos das Nações Unidas, os efeitos adversos sobre o fechamento das escolas e universidades afetam o bem-estar e a aprendizagem de milhões de estudantes em todo o mundo. “Interrupções no período de ensino presencial em sala de aula podem ter um impacto grave sobre a capacidade de aprendizagem do estudante, considerando que quanto mais tempo os alunos permanecerem fora das instituições de ensino, principalmente os que se encontram em situação de maior vulnerabilidade, menor será a probabilidade de eles retornarem”, aponta o estudo.