O Semesp condenou nesta sexta-feira (3) os cortes previstos no orçamento de 2019 para os programas da Capes, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação.

“Esses cortes representam um retrocesso inadmissível, porque vão interromper a continuidade de pesquisas importantes em todos os estados brasileiros, bem como afetar seriamente a expansão e consolidação dos cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em todo o país”, afirmou o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato.

Segundo uma primeira avaliação da entidade, mais de 400 mil alunos bolsistas de mestrado, doutorado e pós-doutorado e de outros programas da Capes serão prejudicados, assim como serão afetadas as iniciativas de cooperação internacional da agência.

“Os programas de pós-graduação são estratégicos para o desenvolvimento de um país como o Brasil, que precisa dispor de mecanismos para o crescimento econômico via produção de conhecimento”, afirmou Capelato. “As instituições de ensino superior já tem dificuldades atualmente para ter acesso ao auxílio do Governo Federal, para o desenvolvimento de pesquisas. Caso as restrições se confirmem, o país vai sofrer um baque ainda maior no seu processo de inovação”, alertou o diretor executivo do Semesp.

Capelato disse que espera que o MEC consiga reverter essa situação, “já que os projetos acadêmicos precisam responder aos desafios da sociedade, em especial do setor produtivo, que em face das significativas mudanças registradas dependem da inovação para competir globalmente”.