Lúcia Teixeira, presidente do Semesp, acompanhou reunião do CNE sobre o futuro do ENEM

A presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, acompanhou nesta segunda (5) uma reunião da Comissão Bicameral do Conselho Nacional de Educação (CNE) para debater e discutir propostas relacionadas ao novo ensino médio e o futuro do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). A diretora de Segmento Faculdade do Semesp, Tânia Cristina Bassani Cecílio, também acompanhou a reunião.

“Nosso papel aqui é buscar uma articulação com o Ministério da Educação e com a sociedade civil, entidades e universidades, para buscar um alinhamento em relação às avaliações nacionais”, defendeu a conselheira Maria Helena Guimarães de Castro no início da reunião. Em seguida, o educador e pesquisador Eduardo Deschamps apresentou uma pesquisa realizada pelo Itaú Educação e Trabalho com algumas propostas para o futuro do Enem a partir do novo ensino médio.

“O Enem é um exame de acesso ao ensino superior e, por isso, um grande indutor do ensino médio”, explicou Deschamps, afirmando que o Enem não fará mais sentido com as mudanças do ensino médio. “Com o novo ensino médio pautado em itinerários, precisaremos aplicar um novo Enem já no final de 2024”, adiantou.

Entre as propostas apresentadas por Deschamps, a partir de entrevistas com especialistas, o novo Enem teria duas etapas, uma primeira fase a partir da Base Nacional Comum Curricular e uma segunda fase realizada a partir dos itinerários do ensino médio e com base na escolha do cursos dos alunos para o ensino superior. De acordo com Deschamps, essa primeira etapa teria uma nota de corte e a segunda seria classificatória. “A ideia é desenvolver um exame mais interpretativo e com base no raciocínio e menor conteudista e de memorização”, disse, explicando que uma possibilidade é a realização da primeira etapa pelo Ministério da Educação e a segunda sob responsabilidade das IES.