Não é difícil notar que ainda são poucas as posições ocupadas por mulheres nos cargos de gestão das instituições de ensino e pesquisa não só no Brasil como em todo o mundo. Também há desigualdades entre os sexos no campo da ciência e nos processos de tomada de decisões.

Para medir o quanto esta desigualdade está presente nas instituições de ensino superior, a pesquisadora francesa Leila Saadé, presidente da Rede Francófona de Mulheres Responsáveis pelo Ensino Superior e Pesquisa (Resuff , na sigla em francês), elaborou o estudo “A mulher no ensino superior: distribuição e representatividade”.

Entre outros dados, o estudo revelou que 19% das universidades no Canadá têm reitoras mulheres, no Marrocos esse indicador cai para 11%, na Bélgica 8%, na Tunísia 5%. E, além disso, apenas 9% dos diretores de pesquisa na União Europeia são mulheres, e apenas 11% dos altos cargos acadêmicos na União Europeia são ocupados por mulheres.

Uma reportagem do G1 mostrou que as mulheres representam 60% das pessoas que concluíram cursos superiores no Brasil em 2015, de acordo com o Censo da Educação Superior. No entanto, quando são considerados apenas os cursos relacionados às ciências a participação feminina cai para 41% – índice que não registra aumento desde 2000.

Considerando isoladamente os cursos de engenharia, o desequilíbrio entre homens e mulheres é ainda maior: dos 81.194 estudantes que se formaram em 2015 no país, 29,3% são do sexo feminino e 70,7%, do masculino. Nesse segmento, apesar da desproporção, houve avanço nos últimos anos: em 2000, as meninas representavam 22,1% dos concluintes de engenharia.

Leia aqui a reportagem na íntegra.