Debate sobre Liderança inovadora para um processo de transformação institucional focado nos estudantes

O Semesp realizou nesta quinta (1), o primeiro dos quatro encontros online antes do 24º FNESP. O objetivo do Esquenta FNESP é adiantar alguns dos temas que serão debatidos ao longo do maior fórum do ensino superior da América Latina, nos dias 29 e 30 de setembro, presencialmente, no WTC, em São Paulo. O primeiro evento online trouxe debates sobre temas como liderança inovadora, transformação digital e ODS’s (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU) e ESG.

Na abertura do evento, o editor-chefe da Revista Ensino Superior, Edimilson Cardial, lembrou que um dos objetivos do Semesp com o Esquenta FNESP é aproximar o mundo acadêmico do mercado de trabalho, uma das grandes questões que perpassa vários aspectos referentes ao ensino superior. Para isso, a entidade convidou 12 especialistas em educação e vários debatedores relacionados ao mercado de trabalho para discutir os temas propostos.

Confira o primeiro Esquenta FNESP na íntegra

Liderança inovadora

Reitora da UNDB, IES referência em inovação na região Norte e Nordeste, Ceres Murad deu início ao primeiro esquenta com a palestra Liderança inovadora para um processo de transformação institucional focado nos estudantes, em que ela explicou seu entendimento de inovação. “Inovação não é apenas uma novidade efêmera ou mesmo uma mudança duradoura que soluciona um problema, mas sim a implantação de uma cultura permanente na IES”, decretou.

Segundo ela, para um gestor e líder implantar uma cultura inovadora em uma instituição, ele precisa ter uma clareza muito grande da história da IES, além de conhecimento daquilo que quer fazer, com critérios e parâmetros de avaliação, por exemplo. “Os gestores precisam de uma lupa para enxergar de maneira clara quem são seus alunos, professores, equipes, além de manter-se fiel à missão da IES para criar uma conexão entre esses elos e desenvolver uma trilha de inovação”, pontuou.

Participaram de um debate com Ceres Murad ampliando o tema Mauricio Argenta Sodré, analista de Comunicação Interna da Fundacred, e José Antonio Lazalde Martínez, gerente de Implementação da Territorium.

Debate sobre O impacto da transformação digital no modelo de negócio da IES

Transformação digital

A presidente do Grupo Educacional Opet, Adriana Karam, apresentou a segunda palestra do Esquenta FNESP, O impacto da transformação digital no modelo de negócio da IES. Ela iniciou afirmando que é possível falar sobre transformação digital a partir de uma série de recortes, mas que iria explorar o tema por seu começo. “As pessoas ainda têm um entendimento equivocado de que transformação digital é apenas implantação de tecnologia. A tecnologia transforma o mundo e os negócios e é um dos pilares da transformação digital, mas ela vai além disso”, afirmou.

Segundo Adriana Karam, as tecnologias são sim propulsoras de mudanças no campo da educação superior, representando desafios e apresentando oportunidades. “É por isso que a transformação digital deve ser vista como um processo estratégico, fundamental e urgente. Os gestores e CEOs precisam ser líderes dessa estratégia digital, e toda a comunidade da IES deve ser inspirada a fazer a transformação digital acontecer, alunos, professores, equipes, líderes, parceiros, fornecedores. São as pessoas que fazem a transformação digital”, defendeu.

Participaram de um debate com Adriana Karam Bruno Guilherme Valentini, Product Manager da Mconf, e Fabio Cespi, diretor do Lyceum.

Debate sobre Os ODS’s e o ESG como pilares para transformação e engajamento dos estudantes

ODS’s e ESG

O debate final do primeiro Esquenta FNESP girou em torno do tema Os ODS’s e o ESG como pilares para transformação e engajamento dos estudantes, com o Relação Corporativas de Graduação da Fiap, Ricardo Fortes apontando a importância do tema para as instituições de ensino superior. “Estamos vivendo um cenário atual desastroso no que diz respeito aos temas sociais e ligados ao meio-ambiente”, lamentou ele. “É preciso então que a sociedade tome iniciativas rápidas para minimizar problemas que podem comprometer nosso futuro. As IES têm um papel importante nesse cenário ao estabelecer um padrão cultural para seus alunos compreendam o que está acontecendo e partam para a ação”.

Segundo Fortes, uma ação importante que as IES podem fazer é criar conteúdos e inseri-los em seus currículos. “Essa é uma ação oportuna que pode fortalecer essa ideia de cultura de sustentabilidade. Precisamos fazer algo e podemos fazer já”, decretou.

Após a fala de Fortes, participaram de uma conversa com ele Gabriela Mangelardo, CCO da Crátilo Educacional, Natalia Castan, CEO do Grupo Unite, Larissa Kleis, Product
Manager da Mconf, Mário Sérgio Oliveira Swerts, sócio-diretor da Infinite.se, e Danielle Rodrigues, diretora de Negócios e Inovação da Insignia Edtech.

O Esquenta FNESP continua nas próximas quintas-feiras (8, 15 e 22 de setembro) com novos debates e discussões. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas aqui. Os participantes dos encontros online ganham descontos na inscrição para o 24º FNESP.