No discurso de abertura do 14º FNESP, o presidente do Semesp, professor Hermes Figueiredo, defendeu a criação de um ambiente propício ao empreendedorismo no Brasil, tema que orienta todas as discussões do evento.

Para o educador, “o empreendedorismo é caracterizado pela inovação que causa nas instituições e seus processos, diferentemente das melhorias contínuas, que podem não ser capazes de criar vantagens competitivas no médio e longo prazo”.

Hermes Figueiredo também enfatizou que os cursos superiores não podem ser commodities e que o histórico das instituições de ensino superior brasileiras comprovam essa realidade. E o fim da barreira da burocracia é, para o presidente do Semesp, o início de uma ação empreendedora. “Questões burocráticas não podem estar acima dos nossos objetivos de permitir a inovação, através de alterações efetivas das metodologias de ensino e da implantação do empreendedorismo nos currículos”, defendeu.

As dificuldades de formação dos alunos ainda no ensino médio, que geram dificuldades de aprendizado e levam as instituições a desviarem o foco de sua formação em muitos casos, para reforçar conhecimentos não assimilados, também foi lembrada durante a abertura do 14º FNESP.

Há mais de uma década o Semesp vem alertando para as limitadas habilidades reveladas pelos estudantes que ingressam nas instituições de ensino superior do país, que exigem esforço adicional de nossa parte para nivelar os conhecimentos e garantir um mínimo de eficiência e autonomia para esses jovens ingressantes”, declarou Figueiredo, para quem o nível de 35% de alfabetização plena entre as pessoas do ensino médio completo, como divulgado pelo Instituto Paulo Montenegro, é um “desvio preocupante” enfrentado pelas instituições.