Webinar Esclarecimentos sobre as novas Diretrizes para Formação de Professores

Nesta segunda (29), o Semesp realizou o Webinar Esclarecimentos sobre as novas Diretrizes para Formação de Professores, para esclarecer dúvidas sobre a Resolução CNE/CP nº 2, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica. Desde que foi lançada, a legislação tem gerado dúvida entre as IES.

Mesmo com a prorrogação de sua aplicabilidade para 2024, as IES precisam entender as mudanças que a resoluções e a posterior Nota Técnica sobre a legislação propõem. Para tirar as dúvidas das IES, que giram principalmente sobre questões relacionadas à pedagogia e segunda licenciatura, participaram do webinar a presidente do Conselho Nacional de Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, e o membro do Conselho Nacional de Educação, Luiz Roberto Liza Curi.

Maria Helena Guimarães começou o evento fazendo uma contextualização da publicação da Resolução CNE/CP nº 2. Segundo ela, a publicação teve como objetivo adequar a formação inicial dos professores às novas Diretrizes da Educação Básica e do Novo Ensino Médio. “Fizemos uma leitura cuidadosa das principais tendências nacionais e mundiais da formação inicial de professores, levando em consideração questões como os currículos por competências, que representam uma ruptura nas formas de aprendizagem e ensino”, detalhou Maria Helena.

“A educação infantil e os anos iniciais de educação exigem uma formação aprofundada e de alta complexidade dos docentes”, afirmou Maria Helena. “Pesquisas recentes e rigorosas apontam o importante papel do professor para o desenvolvimento cognitivo e sócio-emocional dos estudantes”, prosseguiu. “Daí a decisão do CNE de publicar a resolução”.

Maria Helena Guimarães defendeu, no entanto, que as diretrizes não podem ser compreendidas como uma camisa de força. “Elas funcionam como um referencial que precisa ser respeitado, mas não podem ser entendidas como uma regra fechada que impeça a criatividade e a inovação”, pontuou.

Diante das dúvidas apontadas pelas IES ao longo do webinar (que pode ser conferido na íntegra aqui), Maria Helena Guimarães se comprometeu a levar os questionamentos a uma próxima reunião da comissão do CNE para melhorar a redação da resolução. O departamento Jurídico do Semesp vai compilar e enviar as dúvidas das IES para o CNE.