Consórcio firmado entre instituições brasileiras e o Laspau é o primeiro no Brasil a propor a criação compartilhada de metodologias que situem o aluno como agente no processo de aprendizagem

por Christina Stephano

187_28Em um mundo no qual a tecnologia está sempre presente, atrair a atenção dos jovens na sala de aula é um desafio complexo para as instituições de ensino superior.

Unidas com o objetivo de buscar formas mais efetivas de aprendizagem e melhorar a integração com o mercado de trabalho, 18 instituições brasileiras, públicas e privadas, formalizaram o consórcio STHEM Brasil (iniciais em inglês de Ciências, Tecnologia, Humanidades, Engenharia e Matemática) em março último. Com duração de três anos (2014 – 2016), a iniciativa é resultado de uma parceria do Centro Universitário Salesiano Lorena (Unisal Lorena) com o Academic and Programs for the Americas (Laspau), organização filiada à Universidade Harvard, dos Estados Unidos, e que se dedica a programas para fomentar a inovação acadêmica e o aperfeiçoamento da educação superior na América Latina.

Dessa forma, o consórcio prevê formar 300 professores em metodologias inovadoras de ensino até o seu término, sendo que cada um deles será o multiplicador dos conhecimentos adquiridos para, no mínimo, outros três docentes vinculados à instituição em que trabalha. O STHEM Brasil terá, ainda, um comitê gestor formado por representantes do Laspau, das instituições participantes e de empresas e será responsável por avaliar as atividades desenvolvidas durante os três anos de duração da iniciativa.

Compartilhamento de práticas
Angélica Natera, diretora do Laspau, explica que o STHEM é o primeiro consórcio criado na América Latina que prevê o desenvolvimento de comunidades integradas em busca de melhores práticas pedagógicas em diferentes instituições. “Em geral, as instituições universitárias costumam atuar de forma colaborativa para desenvolver investigações, intercambiar recursos e financiar estudos, mas não para treinar seus docentes conforme experiências compartilhadas”, detalha.

De acordo com ela, atividades colaborativas com esses perfis são recorrentes entre instituições norte-americanas, algo que na América Latina é mais limitado. E, nesse sentido, ela aponta como outro diferencial do STHEM o fato de que os professores qualificados como parte do programa serão também os executores das metodologias que aprenderem das instituições dos EUA. “Não se trata de importar métodos de ensino, mas sim de conhecer técnicas que funcionaram em outros locais e recriá-las conforme a realidade de cada instituição. Muitos desafios existentes na América Latina são comuns a estudantes de todo o mundo”, avalia Angélica. Segundo ela, para o Laspau, a vantagem será poder observar de perto os efeitos de um único programa em uma grande quantidade de instituições.

Responsável por articular o consórcio junto a Angélica Natera, do Laspau, Fábio Reis, diretor operacional do Unisal Lorena, conta que o processo de formalização do projeto se iniciou quando o centro universitário organizou uma viagem técnica a Harvard, em 2010, e teve contato com as metodologias ativas criadas pela universidade. “Diferentemente do Brasil, nos EUA, as instituições de ensino não se enxergam como concorrentes e a criação de consórcios é uma estratégia recorrente para atender a demandas comuns, principalmente na área de exatas”, enfatiza o diretor.

No Brasil, ele conta que cada instituição de ensino superior integrante do consórcio será responsável pelos custos da formação dos seus professores. No total, a iniciativa vai mobilizar investimentos de US$ 180 mil, no primeiro ano, o que inclui gastos necessários para trazer os professores estrangeiros ao Brasil, o deslocamento e a permanência dos docentes brasileiros em Lorena, onde ocorrerão os cursos presenciais. “Esse valor tende a subir entre 5% e 8%, em 2015, mas cada faculdade investirá conforme sua demanda e quantidade de alunos”, detalha Reis, lembrando que as instituições integrantes do consórcio apresentam perfis variados, com 400 a 22 mil estudantes.

Formato diversificado
Em 2014, o processo de formação dos docentes inclui duas etapas, sendo que a primeira delas, com duração de 40 horas, será presencial e ocorrerá no Unisal Lorena, de 26 a 30 de maio. Os docentes escolhidos para o treinamento farão, ainda, um curso on-line, entre setembro e novembro deste ano.

As aulas presenciais serão realizadas no Laboratório de Metodologias Inovadoras criado pelo Unisal que está adequado para permitir ampla interatividade entre os participantes. O espaço possui, entre outros recursos, lousas e cadeiras móveis, viabilizando a composição de grupos e a reorganização da sala. Nessa primeira etapa, participarão 100 docentes das 18 instituições envolvidas e o Laspau trará sete professores de universidades norte-americanas e canadenses como Harvard, MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), Universidade Notre Dame, Olin College e Escola Politécnica de Montreal para ministrarem as aulas. Esses profissionais irão compartilhar com docentes brasileiros diferentes metodologias para melhorar a elaboração do conteúdo das aulas, a avaliação e a gestão da aprendizagem.

Como diretriz geral, o diretor explica que as metodologias em questão repensam as formas de ensinar, exigindo a remodelação da arquitetura e dos recursos da sala de aula, bem como a atitude dos professores. Na visão de Reis, essa mudança permitirá que as instituições alinhem suas aulas às expectativas dos alunos que, hoje, são mais tecnológicos e inquietos. “Assim, os docentes deixarão de ser palestrantes e passarão a atuar como mediadores do conhecimento. Os estudantes não possuem paciência suficiente para prestar atenção em docentes que não interagem”, argumenta.

Nas técnicas ativas de ensino, o foco do processo deixa de ser o professor e passa a ser o aluno. No entanto, o docente segue tendo um papel fundamental, na medida em que assume as atividades de planejamento e coordenação das atividades.

Uma das estratégias que permite atender às necessidades desse novo perfil de estudante é o processo de Sala de Aula Invertida, por meio do qual a transmissão de informações passa a centrar-se nos próprios alunos e no aprendizado.

João Batista Turrioni, diretor de prospecção na pró-reitoria de graduação da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), em Minas Gerais, acredita que o perfil dos alunos que ingressam na faculdade exige mudanças nas práticas pedagógicas. “Muitos estudantes participam de programas de intercâmbio à Europa e aos EUA e entram em contato com outros modelos de ensino. Quando voltam ao Brasil, exigem que as práticas pedagógicas sejam alteradas”, assegura. De acordo com ele, desde 2010, a Unifei dobrou o número de vagas para ensino superior. “E como a maioria desses novos alunos nasceu na era digital, pensar em novas metodologias ativas para passar o conhecimento se tornou um imperativo”, justifica Turrioni.

Para Turrioni, outro aspecto relevante das metodologias ativas que serão incorporadas pelas instituições participantes do consórcio diz respeito à elaboração de aulas orientadas a projetos específicos de empresas. Nesse sentido, a Unifei estabeleceu parceria com uma companhia do Vale do Paraíba e passou a ministrar uma disciplina baseada na resolução de seus problemas e demandas. “Além de alinhar melhor o conteúdo das aulas à demanda do mercado, esse tipo de prática facilita o ingresso dos estudantes no mercado de trabalho”, considera.

A integração com a indústria é um dos aspectos relevantes do STHEM, na medida em que o mercado passará a influenciar de forma mais direta a composição das aulas das instituições.

Turrioni conta ainda que entrou em contato com as metodologias ativas de Harvard em 2012, quando participou de uma missão técnica nos EUA, organizada pela Secretaria de Educação Superior (SESu). De acordo com ele, desde 2009, a Unifei já possui um grupo de pesquisa para investigar melhores práticas na docência. No entanto, não contava com ação sistemática para mudar suas metodologias de ensino e tampouco conseguia enviar muitos profissionais para serem qualificados nos EUA, uma vez que esse é um processo com custo elevado, que pode consumir investimentos de até US$ 7 mil por professor. “Com o consórcio, esse valor se reduz em mais de 60%, já que os melhores profissionais sobre o assunto virão ao Brasil para dar as aulas”, celebra o diretor. Até 2016, 80% do corpo docente da instituição receberá os treinamentos previstos pelo STHEM.

Humanas em cena
Uma das carreiras com maior aceitação e aplicabilidade das novas metodologias é a de direito, algo que marca uma diferença em relação aos consórcios firmados nos Estados Unidos, que costumam envolver somente cursos na área de exatas.

E o interesse das carreiras de humanas pelas metodologias que fazem parte do STHEM pode ser comprovado pela adesão da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) ao consórcio. Com 14 mil estudantes, a instituição oferece cinco cursos em humanidades e somente um na área de exatas.

Para Alexandre Gracioso, vice-presidente acadêmico da ESPM, o consórcio interessa à área de humanas por permitir tanto um melhor preparo dos alunos para o mercado de trabalho como por incentivar o desenvolvimento do pensamento crítico. Hoje, uma das principais queixas das empresas contratantes é que os estudantes chegam para trabalhar com baixos níveis de desenvolvimento comportamental e emocional, além de pouco autoconhecimento que lhes permita fazer boas escolhas profissionais.

Gracioso conta que, apesar de a preparação para treinar os professores conforme as estratégias do consórcio haver começado em março, a ESPM, por meio de sua Academia Nacional do Professor, já tem investido em cursos para conscientizar o corpo docente a respeito da importância das inovações metodológicas. Uma das características principais dessas inovações diz respeito a aulas que permitam ao aluno experimentar situações reais. “Nos cursos de administração, por exemplo, queremos que os estudantes tenham a experiência de abrir uma empresa”, destaca. A ESPM irá qualificar cerca de 50 docentes por meio do STHEM ainda em 2014.

A formação em direito das Faculdades Integradas Antônio Eufrásio de Toledo, em Presidente Prudente, São Paulo, também obteve os maiores ganhos desde que incorporou mudanças metodológicas. “São alterações alinhadas aos conceitos do STHEM, mas que já vinham sendo trabalhadas antes de sua formalização”, esclarece Zelly Pennacchi Machado, diretora acadêmica da instituição. De acordo com ela, devido aos novos métodos – que incluem, entre outras ações, a formação de grupos de iniciação científica e aulas que simulam a realidade por meio da tecnologia — o curso de direito tem obtido o conceito de excelência no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e os alunos registraram índices de aprovação mais altos no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e em concursos públicos.

Professor nas turmas de primeiro ano do curso de direito da Toledo na disciplina de Sociologia Jurídica, José Artur Teixeira Gonçalves avalia que as novas metodologias se ajustam à área pois facilitam a formação de profissionais conforme as diversas carreiras jurídicas. Com a maioria dos 400 estudantes do curso com idade entre 17 e 18 anos, Gonçalves afirma que os alunos são conectados tecnologicamente, mas não abrem mão do sistema tradicional e expositivo de ensino, algo desafiante ao professor. “Outro desafio é transformar esses jovens, que são usuários de tecnologias e atentos às inovações, em sujeitos capazes de atuar em um mundo que exige cada vez mais trabalho colaborativo e múltiplas habilidades cognitivas”, considera.

Para superar esse desafio, uma das saídas é criar experiências reais em sala de aula, que permitam envolver o aluno no conteúdo da disciplina, bem como usar a tecnologia como mediadora do aprendizado. Com essa premissa, o docente deve trabalhar conteúdos práticos e momentos para o aluno colocar a “mão na massa”. Grande parte dos professores reforçam que os alunos se dispersam com facilidade quando as aulas são centradas somente em conceitos, de maneira que é preciso buscar formas criativas de abordar esse tipo de informação, algo que será facilitado pelo STHEM.

Demandas comuns 
Newton de Figueiredo Filho, professor associado na Universidade Federal de Itajubá em disciplinas na área de física, afirma que o consórcio o ajudará a trabalhar conceitos e práticas de maneira mais integrada. “A física é conhecida por seu uso na resolução de casos e isso é um perigo, pois muitas vezes o aluno sabe resolver o problema, porém desconhece o conceito que está por trás”, reclama.

Alinhado às diretrizes do consórcio, Figueiredo Filho adotou a metodologia peer instruction (ou instrução pelos pares), criada há 20 anos em Harvard, por Eric Mazur, na disciplina de Física Geral I, básica a todos os alunos dos cursos de engenharia.

No método, os alunos devem ler os conteúdos sozinhos, antes da aula e em classe o professor propõe questões conceituais sobre o assunto. O docente tem acesso imediato às respostas e pode se situar a respeito do nível de conhecimento da classe sobre o assunto determinado. Assim, diferentemente da metodologia tradicional que parte do pressuposto de que o aluno desconhece totalmente o tema em questão, o docente ministra a aula com base no que o aluno já traz de bagagem e pode identificar de forma rápida os pontos que mais geram dúvidas, sem precisar aguardar a realização das provas. O professor somente avança com o conteúdo se identificar que ao menos 80% da turma apreendeu os conhecimentos abordados e marcou as respostas corretas. Caso contrário, propõe que os alunos conversem entre si para esclarecer dúvidas (daí o termo “peer”), realizando, em seguida, uma segunda etapa de avaliação. Nessa segunda vez, o número de respostas corretas costuma subir de forma significativa, comprovando a importância da interação entre os estudantes no sistema de aprendizagem.

Para Figueiredo Filho, uma das grandes vantagens do consórcio é também fomentar o intercâmbio de experiências entre instituições públicas e privadas que, em geral, enfrentam os mesmos problemas para despertar o interesse do aluno pelas aulas.

Luiz Gustavo Galhardo Mendes, coordenador dos cursos de engenharia ambiental e química na Faculdade de Roseira (em Roseira Velha, no Estado de São Paulo), afirma que, se o professor opta por metodologias tradicionais de ensino, acaba disputando espaço com as mídias sociais e a internet, já que os alunos perdem a concentração com facilidade.

De acordo com ele, com as metodologias tradicionais, os alunos costumam apreender 20% dos conceitos que são passados em sala de aula, enquanto com as mudanças o percentual pode subir para, ao menos, 90%. “Esse tipo de informação mostra que o modelo da pirâmide na sala de aula deve ser invertido”, defende.

Ao partir para aulas mais ativas e práticas, é possível cativar a atenção do aluno, sendo que os conceitos são ministrados somente após as experiências. Mendes explica que as novas metodologias serão adotadas nas turmas de engenharia de 2013 e 2014, já que os alunos dos últimos anos dos cursos são resistentes a mudanças. “A partir de 2015, todas as turmas serão incorporadas no novo modelo”, destaca. A faculdade possui cerca de 400 alunos, incluindo todas as graduações em engenharia e um curso de tecnólogo.

Desafios locais 
Se por um lado o STHEM Brasil promete vantagens únicas a toda a comunidade acadêmica, por outro exige a atenção dos diretores, coordenadores e professores no que diz respeito à adaptação das metodologias à realidade local. “O aluno de Harvard vive para estudar, enquanto no Brasil, principalmente em instituições privadas, os estudantes precisam trabalhar para pagar suas carreiras”, observa Mendes, da Faculdade de Roseira.

Isso significa que o professor deve ter cuidado ao pensar as propostas alinhadas às novas metodologias e evitar, por exemplo, passar uma carga muito pesada de leitura às turmas nas quais grande parte dos estudantes trabalha em período integral.

Ainda em relação ao perfil dos alunos, Mendes observa que muitos chegam despreparados à faculdade. “Com isso, muitas vezes preciso mudar o conteúdo das disciplinas para revisar o conhecimento de dados que deveriam ter sido ensinados antes”, destaca. No total, a Faculdade de Roseira conta com 30 professores, sendo que três deles participarão dos cursos ministrados como parte do consórcio, ainda neste ano. Até o final de 2015, todos os professores serão qualificados.

Outro desafio é a resistência dos próprios alunos brasileiros, acostumados ao sistema tradicional de ensino. De acordo com ele, quando se falou pela primeira vez no uso de metodologias ativas, alguns estudantes o olharam com desconfiança. “Mas essa resistência pode ser superada com facilidade, desde que os alunos não se sintam expostos na resolução dos exercícios, que devem ser elaborados em grupo”, diz.

Um trabalho interdisciplinar também é essencial na adoção das novas metodologias; o docente deve se preparar para perguntas mais complexas e elaboradas. A mudança nas atitudes dos professores, formados pela escola tradicional, também é uma das maiores necessidades e um esforço que requer a participação de toda a direção da instituição.

Celeiros à inovação
Assim como o Unisal, as Faculdades Integradas Antônio Eufrásio de Toledo concentrarão os processos de desenvolvimento e adaptação das metodologias inovadoras do STHEM em um laboratório, denominado Laboratório de Apoio Pedagógico em Inovação Acadêmica (LAP).

Composto por um grupo de professores multidisciplinares, o LAP seleciona metodologias adequadas ao perfil de aprendizagem dos alunos e adapta as técnicas à realidade local. Assim, neste ano, o laboratório se centrará no trabalho com as metodologias: Project Based Learning/Game Based Learning; Team Based Learning; Peer Instruction; Teaching Cases (ver box); e uma metodologia desenvolvida pelo próprio laboratório, o Acting Learning, que utiliza elementos do Teatro do Oprimido (metodologia criada por Augusto Boal nos anos 1960 e que usa o teatro como ferramenta de trabalho) para proporcionar um aprendizado vivencial e experiencial ao aluno.

Segundo Zelly, diretora acadêmica da Toledo, a criação do laboratório foi resultado de um processo de intercâmbios internacionais e nacionais iniciado em 2012, do qual se destacam as missões técnicas a universidades estrangeiras pioneiras no uso de metodologias ativas, como Harvard e MIT, nos EUA, e University of Toronto, no Canadá.

Mesmo considerando realidades diferentes, a aplicação de consórcios educacionais se mostra uma proposta promissora para fortalecer o ensino superior brasileiro. A educação ainda precisa alcançar grande parte da população e eliminar os reflexos deixados pelos problemas com o ensino básico.

Uma revisão pedagógica de formatos e a adoção de metodologias ativas de ensino podem ajudar nesse processo e talvez mudar um cenário persistente na educação brasileira.

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Instituições integrantes do consórcio
Unisal Lorena (SP), Unifei de Itajubá (MG), ESPM (SP), Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc – SC), Universidade Estadual Paulista (Unesp – SP) Guaratinguetá, Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipc – MG), Centro Universitário Católico Salesiano (Unisalesiano – SP), Faculdade Dom Bosco de Resende (RJ), Centro Universitário Augusto Mota (Unisuam – SP), Fatec Guaratinguetá (SP), Fatec Cruzeiro (SP), Faculdades Integradas Teresa D´Ávila (Fatea – SP), Faculdade de Roseira (SP), Faculdades Integradas Antônio Eufrásio de Toledo (SP), Pontifícia Universidade Católica (PUC – GO), Universidade Positivo (PR) e Faculdade Flamingo (SP).

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Rede de efeitos
Aluna do quarto ano de direito das Faculdades Integradas Antônio Eufrásio de Toledo, Tatiane Regina Munhoz Fonseca conta que ficou mais integrada ao restante da turma com as novas metodologias, pois as competições e as avaliações coletivas aumentaram sua responsabilidade, não só com seu aprendizado, mas com o de seus colegas.
Para ela, o aumento da responsabilidade e a interação com recursos tecnológicos tornam a aula mais dinâmica e menos cansativa. “Também considero esse momento uma oportunidade de vivenciar um marco histórico de transição de dois modelos de ensino, no qual a lousa tradicional, os cadernos e os livros físicos são, aos poucos, substituídos por um modelo de aula mais tecnológico”, comenta.
De acordo com ela, vivenciar de perto essa transição aumentou o senso crítico de toda a turma, de forma que os alunos podem posicionar-se com mais conhecimento prático em favor de um ou de outro modelo. “O sistema tradicional de ensino requer do aluno uma maturidade acadêmica que nem sempre é encontrada nos recém-chegados do ensino médio”, opina. E, para ela, a dinamicidade e a interatividade das novas metodologias incentivam essa maturidade, por meio do uso de uma linguagem mais próxima à sua realidade, com recursos de internet, jogos e redes sociais. O aumento da sociabilidade e o da responsabilidade coletiva serão os diferenciais de sua formação profissional. “As dinâmicas em grupo, os jogos interativos e por equipes, as avaliações pelos pares, entre outras atividades coletivas, me dão habilidades no trato interpessoal que não viriam facilmente pelos livros”, assegura.

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Metodologias ativas incluídas no consórcio

• Project Based Learning (PBL) ou Aprendizagem Baseada em Projetos – É o aprendizado baseado na construção de projetos interdisciplinares e em equipes. Os alunos vivenciam todas as etapas do projeto, tomando decisões para solucionar um problema do mundo real.

• Game Based Learning (GBL) –  É o ensino-aprendizagem por meio de jogos eletrônicos.

• Método do Caso ou Teaching Cases – Método pelo qual o aluno aprende por meio da discussão e da solução de casos reais ou simulados. Na discussão, o estudante assume o ponto de vista do protagonista do caso relatado e vivencia a tomada de decisões, aproximando a sala de aula da realidade.

• Team Based Learning (TBL) – Método focado no aprendizado colaborativo, no qual o aluno aprende em equipe.

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