Comitiva da Missão Técnica do Semesp durante visita a National University of Singapore (NUS), considerada a melhor da Ásia e 12ª melhor do mundo, de acordo com o QS Top Univesity Ranking

Líderes e representantes de IES privadas e diretores do Semesp arrumaram as malas e viajaram para o outro lado do mundo em busca de experiências bem sucedidas para inspirar o ensino superior brasileiro.

Foram doze dias intensos de muitos debates e palestra sobre temas atuais relacionados ao ensino superior e visitas a universidades de dois países que parecem muito distantes da realidade brasileira, Índia e Singapura. Mas a comitiva da 11ª Missão Técnica Internacional do Semesp descobriu que os dois países possuem alguns desafios na educação similares ao Brasil e podem ajudar nosso país a oferecer um ensino superior de maior qualidade.

A primeira rota da Missão Técnica foi a cidade-estado de Singapura, que ocupa lugar de destaque em avaliações educacionais internacionais, caso do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), principal referência internacional de qualidade da educação, aplicado a estudantes de cerca de 70 países.

Em Singapura, a Missão Técnica visitou a National University of Singapore  (NUS), considerada a melhor da Ásia e 12ª melhor do mundo, de acordo com o QS Top Univesity Ranking. Os participantes da visita puderam acompanhar uma série de palestras da equipe docente da instituição para entender melhor como ela se tornou referência mundial. Tópicos como políticas educacionais, educacional continuada e vocacional e a formação de lideres e preparação para o futuro estiveram no centro dos debates.

A educação superior em Singapura é coisa séria e faz parte da estratégia econômica da cidade-estado, já que ela não dispõe de recursos naturais para manter a própria economia. Daí o investimento em pessoal (na formação de profissionais) para se manter relevante. Uma dessas estratégias foi a decisão de tornar o inglês a língua oficial do país, facilitando a internacionalização da educação.  Outra característica do ensino superior de Singapura é voltar o ensino para capacidades socioemocionais, mesclando habilidades acadêmicas a soft skills.

“O estado atua de forma muito contundente e políticas públicas claras em relação à educação”, explica o diretor de Inovação e Redes do Semesp, Fábio Reis, que participou da comitiva da missão. “A educação em Singapura é tratada como o caminho para a transformação do país, e o ensino superior é organizado para ser competitivo internacionalmente ao desenvolver pesquisas que causam impacto real na sociedade e estreitar as relações com empresas”, continua. “As universidade de Singapura são um ótimo exemplo de governança que pode ser aplicado à nossa realidade”.

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A Missão Técnica Internacional do Semesp também visitou instituições de ensino nas cidades de Bangalore e Nova Deli, na Índia

Brasil e Índia: desafios similares

Depois de Singapura, a comitiva da 11ª Missão Internacional do Semesp chegou à Índia, com duas cidades em sua rota: Bangalore, considerada o Vale do Silício indiano, e a capital Nova Deli. Na programação da visita em Bangalore, os participantes da missão conheceram toda a estrutura da NAAC, uma organização que avalia e credencia IES do país pela sua conformidade com os padrões de qualidade em termos de desempenho, e foram recebidos pela equipe do Dr. Ambedkar Institute of Technology.

Também fizeram parte da programação visitas à filial da Wadhani Foundation, organização sem fins lucrativos que tem a missão de acelerar o desenvolvimento econômico na Índia e em outras economias emergentes, à Infosys, uma empresa indiana que é líder mundial em consultoria de negócios, TI e terceirização, e uma conversa com o Presidente da Manipal Global Education Services, Mohandas Pai, eleito o melhor CFO da Índia no ano de 2002.

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Em Nova Deli, a comitiva da Missão visitou a sede do Banco Mundial e conversou com o ministro da Educação Superior da Índia, Mr. Subrahmanyan, sobre as tendências para o Ensino Superior, e uma das filiais do Indian Institute of Technology – IITs, que são referência no país ao priorizar a formação integral dos estudantes, considerada fundamental para formar profissionais preparados para atuar no mundo atual. Fechando a Missão, a comitiva conheceu a O.P. Jindal Global University (JGU), uma universidade global sem fins lucrativos criada pelo governo de Haryana.

Para o diretor Executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, a Missão serviu como experiência para mostrar que o principal fator para atrair e manter os estudantes no ensino privado é o investimento em qualidade. “Foi possível perceber as inovações que os dois países têm incentivado durante nossas visitas”, afirmou ele à repórter da Agência Brasil, Marina Tokarnia, que acompanhou a Missão nos dois países.

“Hoje, o mundo vive um momento de revolução no modelo de aprendizagem, tanto no ensino básico quanto no superior. Cada instituição, cada centro de pesquisa, está estudando e implantando metodologias novas. A gente conseguiu ver isso durante as visitas”, disse. “A busca por melhorias na qualidade deve ser um norte para as IES, além de trazer reflexos práticos para a vida dos estudantes”.

Para Capelato, a qualidade das instituições faz toda a diferença e as experiências conhecidas na Índia comprovam isso. “A Índia possui desafios parecidos com os do Brasil, caso da falta de acesso de jovens ao ensino superior. O sistema de ensino do país também é formado por muitas IES privadas, como no Brasil”, citou. “Nossas visitas mostraram que o país tem crescido rapidamente para dar mais acesso de qualidade a um número maior de jovens, e o Brasil pode aprender bastante com eles em relação à superação desses desafios”.