O programa Estratégia para o Desenvolvimento Social Integrado do Governo do Estado de São Paulo foi mostrado ontem, 10/06, na sede do SEMESP pela secretária estadual de Desenvolvimento e Assistência Social, Profa. Maria Helena Guimarães de Castro, com o objetivo de motivar as instituições a unirem seus esforços aos de sua pasta na busca de soluções para problemas sociais que preocupam o governo paulista.
            O presidente do SEMESP, Prof. Gabriel Mário Rodrigues, falou sobre pesquisa relativa a projetos sociais na área das IES que apresentou resultados surpreendentes mas que ainda não são de conhecimento público. Salientou que diante disso, o SEMESP decidiu propor um trabalho conjunto com o governo estadual, no âmbito da Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social, uma vez que as IES têm espaço, alunos, professores, idéias e projetos que podem ser utilizados para melhorar a qualidade de vida da comunidade.
            O tamanho do problema social na região que cerca a capital de São Paulo surpreendeu a  Profa. Maria Helena, segundo declaração sua perante o auditório. “A miséria representada por muitos quilômetros de favelas e por uma população em torno de sete milhões e meio de pessoas é pior que a do Nordeste e atinge uma população igual à soma dos estados do Ceará e Piauí. As famílias que vivem nesse cinturão em torno da Capital e que estão abaixo da linha de pobreza chegam a 22% dessa população”, disse.
             Para corrigir essa incômoda situação, o governo do Estado decidiu implementar a Rede Social SP por meio da integração das diversas esferas do poder público com a iniciativa privada. Essa rede atuará com programas de complementação de renda; atendimento integral à criança e ao adolescente; geração de trabalho e renda por meio de ações do Terceiro Setor; melhoria da escolaridade; convivência voltada ao esporte e ao lazer; e melhorias das condições de vida. 
             A secretária discorreu sobre os princípios básicos dessa ação e destacou que a parceria com a rede educacional privada será apoiada em trabalho voluntário com monitores em cursos supletivos ou em cursos pré-vestibular. Será estimulada a abertura dos campi, aos sábados e domingos, em horário diurno, das escolas para o desenvolvimento de práticas esportivas, culturais e de lazer, disponibilizando quadras de esporte, pátios, auditórios e demais instalações desde que não exponham a risco a segurança patrimonial. O objetivo, segundo a secretária, “é despertar entre os alunos uma consciência social para que entendam melhor a realidade de São Paulo”.
             Segundo o presidente do SEMESP, “como desdobramento desse trabalho de parceria, as instituições poderão realizar atividades de extensão universitária envolvendo os graduandos, em especial os dos cursos de ciências sociais, em projetos de pesquisas para avaliar os resultados dessas ações ou desenvolver projetos de comunicação e mobilização social da própria comunidade”.