O diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, apresenta nessa quinta-feira (dia 7) às 9h30 no auditório do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (NEPP) da Unicamp, durante o Seminário do Laboratório de Estudos da Educação Superior (LEES), o Mapa do Ensino Superior no Brasil 2017 e o Panorama de Empregabilidade dos Concluintes. E o diretor de Inovação Acadêmica e Redes de Cooperação do Semesp, Fábio Reis, palestra sobre o livro “Destruição Criativa na Educação Superior”.

O primeiro estudo, elaborado anualmente pela Assessoria Econômica do Semesp, apresenta um panorama completo da educação superior do país ao longo dos últimos 15 anos, detalhado por microrregiões dos estados brasileiros e, no Estado de São Paulo, por Regiões Administrativas. Desenvolvido desde 2011, o estudo especifica os cursos mais procurados pelos estudantes por faixa etária, a média do valor das mensalidades, o total de concluintes nos últimos sete anos, além de dados sobre a empregabilidade e a remuneração média do trabalhador brasileiro com e sem curso superior.

“O que chama a atenção no Mapa, especialmente na Região Administrativa de Campinas, é que o número total de ingressantes em cursos presenciais  registrou uma queda de 4,1% na rede privada de 2015 a 2016 (eram 74,6 mil e passaram a 71,6 mil). No entanto, o número total de ingressantes nos cursos a distância cresceu 47,5% no mesmo período (eram 20,5 mil e passaram a 30,3 mil)”, adianta o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato.

As matrículas também apresentaram queda de 8,9% nos cursos presenciais da rede privada no período de 2015 a 2016 (215,2 mil para 196 mil) e no EaD ocorreu um crescimento de 7,8% (40,8 mil para 44 mil). Já o número de concluintes, tanto em cursos presenciais (de 31,9 mil  para 31,3 mil em 2016) como EaD (8,1 mil para 7,3 mil) tiveram descrécimo no período de 2015 a 2016. Na rede privada a queda chegou a 1,9% nos cursos presenciais e 9,3% no EaD.

Capelato apresenta ainda o Panorama de Empregabilidade dos Concluintes do Ensino Superior que revela que de dois a cada três alunos que concluíram a graduação estão trabalhando atualmente, sendo que a maioria em sua área de formação. “Só 44,4% desses concluintes, que saíram das IES públicas, não estão trabalhando no momento e continuam estudando em cursos de pós-graduação (56,2%), principalmente na modalidade Stricto Sensu (53,1% em mestrado ou doutorado). Já entre os que não trabalham no momento e que saíram de IES privadas (29,5%), a maioria (60,5%) não está fazendo outro curso atualmente”, explica Capelato. “Esses dados são extremamente importantes porque mostram que o trabalho dos mantenedores de ensino superior particular tem de ser voltado para a qualidade do ensino e para a empregabilidade desses alunos que entram na graduação com o objetivo de conseguir um trabalho na área e ter um salário melhor depois de formado.”

O evento conta ainda com a palestra do prof. Fábio Reis que aborda o caminho para desconstruir um modelo de ensino que respondeu às necessidades do mundo para o qual foi criado, mas envelheceu a ponto de barrar as mudanças exigidas pela realidade atual, apresentando também saídas criativas para construir a nova aprendizagem para os novos tempos.