Lúcia Teixeira, presidente do Semesp, durante apresentação do Mapa do Ensino Superior na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados

A presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, e o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, participaram nesta quarta (25) de sessão remota da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados apresentando dados da mais recente edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil. A sessão foi presidida pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ).

“O Mapa do Ensino Superior é uma publicação referência para pesquisadores, políticos, gestores educacionais, entre outros, que se interessam por educação”, destacou Lúcia Teixeira no início da sessão. “O documento compila dados de várias fontes e traz informações precisas sobre o ensino superior, destacando o ensino superior privado, que detém 75% das matrículas do país”.

Confira apresentação do Mapa do Ensino Superior na Comissão de Educação

De acordo com Lúcia Teixeira, os dados do Mapa do Ensino Superior apontam uma necessidade do país em aprimorar e criar novas políticas públicas para estimular o acesso ao ensino superior. “É importante que o país dê condições para que os mais de um milhão de alunos que concluem o ensino médio todo ano e não conseguem ingressar no ensino superior não sejam excluídos”, defendeu.

“Os dados do Mapa do Ensino Superior são muito completos, abrangendo todos os estados e suas mesorregiões”, detalhou Rodrigo Capelato. “É uma publicação fundamental para consulta e formulação de políticas públicas que façam com que a educação no país evolua. Apesar da expansão do número de matrículas no ensino superior desde a década de 1990, a cobertura ainda é muita baixa, com uma taxa de escolarização líquida que não tem avançado nos últimos anos e ainda está bem longe da Meta 12 do Plano Nacional de Educação, que é de 33% em 2024. Infelizmente, não vamos chegar a esse patamar”, lamentou ele.

De acordo com Capelato, a crise gerada pela pandemia da Covid-19 tem acelerado ainda mais a queda do número de ingressantes e o aumento da evasão. “O que tem sustentado o aumento das matrículas no ensino superior é o EAD, mas, apesar de ser importante, a modalidade não atende nossos jovens. É por isso que o país necessita de políticas públicas que garantam o acesso e a permanência no ensino superior, em especial voltadas para a Classe C, a mais excluída dos programas de financiamento”, avaliou. “O país tem um grande potencial de novos alunos e os benefícios para quem conclui o ensino superior são tangíveis, com aumento da renda e maior empregabilidade”, finalizou.

Presente na sessão, o deputado federal Tiago Mitraud (Novo -MG) parabenizou o Semesp pela apresentação e reforçou que é preciso debater mais políticas públicas que garantam um maior acesso ao ensino superior. “É preciso pensar em programas de financiamento sustentáveis, e os dados apresentados pelo Semesp são importantes para que possamos discutir melhorias nas regras desses programas, como o documento Diretrizes de Políticas Públicas para o Ensino Superior Brasileiro, em que o Semesp detalha o modelo australiano de financiamento, que pode servir de modelo para o Brasil”, disse.

O deputado Sóstenes Cavalcante complementou afirmando que os dados apresentados pelo Semesp irão contribuir para que o colegiado da Comissão de Educação busque soluções para os grandes problemas enfrentados pelo ensino superior no país.