FlowNos dias de hoje, uma das maiores dificuldades decorrentes do excesso de informação costuma ser a de manter por muito tempo o foco e a atenção sobre uma determinada ação ou objetivo. Nesse sentido, a geração jovem atual por exemplo é percebida como uma síntese do problema: Conseguem ser multifuncionais ao custo, muitas vezes, da eficiência.

No contraponto dessas noções está uma teoria chamada Flow (fluxo, em inglês). Elaborada pelo psicólogo húngaro Mihaly Csikszentmihalyi, ela descreve um estado mental de enorme concentração, em que os processos “fluem” com facilidade, quando se está envolvido em alguma atividade. Para atingir isso, contudo, é preciso equilibrar as habilidades de acordo com o tamanho do desafio. O desnível pode provocar tédio e apatia, se a competência for maior que a necessidade, ou ansiedade e stress, na situação contrária.

Assim, discutir a temática do Flow em sala de aula pode trazer seus benefícios. Estudantes universitários, por exemplo, podem se basear nas ideias da teoria para aumentar o potencial diante do mercado profissional que vão encontrar.

Mas se esse mercado também exige cada vez mais profissionais com capacidade de realizar mais de uma tarefa ao mesmo tempo? Willian Bull, sócio consultor do Instituto Pieron, usa o exemplo de um jovem fazendo uma pesquisa na web para responder. “Da mesma maneira, ele quer ou precisa chegar a algum lugar. Mesmo que a ação seja caótica, requer concentração para atingir os objetivos”, explica.

Para Willian, uma boa maneira das instituições de ensino abordar o assunto com os alunos é através de orientações pedagógicas, promovidas pelos coordenadores de curso. “O flow deve ser entendido como uma consequência, que responde a esse mundo tão difuso”, completa.