Rodrigo Capelato e Alexandre Mori durante as Jornadas Regionais de Ribeirão Preto

Depois de Campinas, o Semesp realizou remotamente, nesta sexta (19), a 17a edição das Jornadas Regionais em Ribeirão Preto. Mais uma vez, o evento foi aberto pela presidente eleita do Semesp, Lúcia Teixeira, que agradeceu a eleição unânime da nova Diretoria, demonstrando a união de IES de todos os portes e de diferentes regiões. “O ensino superior privado representa 75% das matrículas do país. Nós atendemos a grande maioria das classes C, D e E. Por isso, o trabalho do Semesp é importante para a criação de políticas públicas de acesso e permanência desses alunos no ensino superior”, afirmou Lúcia Teixeira.

Em seguida, o diretor Executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, destacou uma série de dados de cidades da região: Araraquara, Franca, Ribeirão Preto, São Carlos e São Joaquim da Barra. “É importante as IES terem conhecimento sobre esses números para que possam inovar de forma embasada, algo fundamental em um momento delicado como o que estamos enfrentando agora”, decretou Capelato.

Entre os dados destacados na apresentação, Capelato apontou que o estado de São Paulo possui uma representação ainda maior das IES privadas nas matrículas do que a média do Brasil, são 82,1% dos alunos no setor privado no estado contra 75% no país. Em Araraquara, o destaque é a alta taxa de evasão nos cursos de EaD das IES privadas, quase 42%. “Na região de Franca, um dado positivo é o alto percentual de alunos com até 24 anos matriculados no ensino superior, 73,5%, a mais alta da região”, comentou Capelato. “Outro dado de Franca que chama a atenção é que Fisioterapia é o segundo curso com maior número de matrículas nos cursos presenciais das IES privadas”.

Um dos destaques em Ribeirão Preto é o aumento de 29,6% das matrículas na modalidade EaD. “Considerando apenas na rede privada, esse crescimento foi ainda maior, 49,9%”, aponta Capelato. Em São Carlos, o que chama a atenção é o aumento de 2,5% das matrículas presenciais em IES privadas. A região tem apenas 55,6% das matrículas na rede privada, uma das menores do estado. Em compensação, na modalidade EaD, a região não registrou ingressantes na rede pública. Por fim, em São Joaquim da Barra, a região concentra 100% das matrículas na rede privada. A região também apresentou alta de matrículas tanto nas modalidades presencial (69,8%) e EaD (41,2%). Os dados são com base no Censo da Educação Superior de 2019.

O gerente da área de Financiamentos do Semesp, Alexandre Mori, e o diretor Jurídico da entidade, José Roberto Covac, também ministraram palestras no evento, sobre crédito educativo próprio e legislação educacional, respectivamente.

Vanessa França Bonini Panico apresentou o case de internacionalização da Universidade de Ribeirão Preto

Internacionalização

Dentro da programação da Jornada Regional de Ribeirão Preto, a coordenadora da Diretoria de Projetos Estratégicos e da Divisão de Cooperação Interinstitucional, Nacional e Internacional da Universidade de Ribeirão Preto, Vanessa França Bonini Panico, apresentou o case da IES falando dos desafios e oportunidades da internacionalização.

“O objetivo da internacionalização é posicionar a IES diante do mundo, sair do nosso meio e ver o que está acontecendo ao nosso redor”, explicou Vanessa ao contar que a Universidade de Ribeirão Preto possui cerca de 100 parceiros em 25 países. “A internacionalização é um processo de mudança longo e trabalhoso relacionado à inovação curricular e transformação acadêmica. É uma ação transversal que impacta no ensino, pesquisa e extensão, influencia na elaboração de políticas e vai fazer a diferença na formação de nossos alunos”, destacou.

Segundo Vanessa, ainda que a pandemia tenha restringido a mobilidade no processo de internacionalização, outras oportunidades foram criadas e viabilizadas pelo uso de tecnologias. “A mobilidade dos estudantes e dos docentes não é a única maneira de se fazer internacionalização”, comentou. “É claro que a não mobilidade afeta a imersão em diferentes culturas, mas a virtualização da internacionalização democratiza esse acesso”, disse. “Antes, o número de alunos e professores que viajavam para fora era menor do que 2%.”.

Sobre a internacionalização virtual, Vanessa apontou alguns elementos-chave para que ela funcione: ferramentas, ou seja, a tecnologia a ser utilizada, aspectos pedagógicos, organização e planejamento, colaborações e parcerias, reconhecimento de créditos das disciplinas e o asseguramento da qualidade do ensino.