Diretor-executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, apresenta Pesquisa de Empregabilidade durante o lançamento do Instituto Semesp

O diretor-executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, abriu o lançamento do Instituto Semesp nesta quinta, 12, na sede do Semesp, em São Paulo. Centro de inteligência analítica criado pelo Semesp, o Instituto tem como objetivo, por meio de desenvolvimento de estudos, pesquisas e indicadores referentes ao setor, disponibilizar para pesquisadores, educadores, gestores privados e públicos, jornalistas e para a sociedade em geral informações relevantes e confiáveis que lhes permitam tomar decisões, estabelecer estratégias ou formular políticas públicas, visando o desenvolvimento da educação superior.

“O Instituto Semesp nasceu dentro da nossa entidade para a realização de pesquisas e levantamento de dados e é uma continuidade das ações que o Semesp vem desenvolvendo desde a criação de sua Assessoria Econômica, em 2004”, lembrou Capelato. “Ao longo desse tempo, geramos muitas informações e uma massa grande de dados. Com a evolução desses materiais, sentimos a necessidade de organizar melhor essas informações criando o Instituto e disponibilizando esses dados para facilitar as tomadas de decisões e a promoção de políticas públicas”, explicou.

Empregabilidade

Após o lançamento do Instituto Semesp, Rodrigo Capelato apresentou a Pesquisa de Empregabilidade do Brasil, a primeira lançada pelo centro, que mostra que os graduados há menos tempo têm mais dificuldade para conseguir emprego. Entre os que declararam ter concluído a graduação há até três anos, 29,5% ainda não conseguiram o primeiro emprego, contra 8,8% de participantes que terminaram a graduação há mais de três anos e ainda não conseguiram o primeiro emprego. A pesquisa aponta a empregabilidade dos egressos de instituições públicas e privadas de todas as regiões do país, revelando a eficiência do diploma de graduação em termos de rentabilidade e sucesso dos profissionais.

Participaram da Pesquisa de Empregabilidade do Brasil, no período de 14 de outubro a 30 de novembro de 2019, 9.426 egressos do ensino superior brasileiro. Entre os participantes, 64,2% responderam ter concluído a graduação em instituição privada e 35,8% em instituição pública. No total, os participantes representam 481 Instituições de Ensino Superior, sendo 74% privadas e 26% públicas.  A margem de erro da pesquisa é de 1 ponto percentual para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Para Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, o Programa Verde e Amarelo, que incentiva a geração de emprego para jovens de 18 a 29 anos, deve beneficiar os graduados há menos tempo, que estão sentindo mais os impactos da crise econômica e a elevada taxa de desemprego. “Com o estímulo à contratação, o programa pode ajudar esse jovem qualificado na hora de conseguir o primeiro emprego e assim adquirir experiência profissional, outra barreira enfrentada para ingressar no mercado de trabalho.”

Por outro lado, Capelato destaca que, mesmo nos momentos de retração da atividade econômica, a pesquisa reforça que vale a pena investir em curso superior. “O diploma de graduação é uma maneira de blindar o profissional, deixando-o menos vulnerável aos efeitos econômicos, como mostram o percentual (8,8%) de graduados há mais de três anos que ainda não conseguiram o primeiro emprego e o comparativo dos salários antes e depois de concluir a graduação (aumento de 162% na renda média mensal).

Por rede de ensino superior (pública e privada), sobressai na pesquisa o percentual de egressos de instituições particulares que afirmaram ter conseguido o primeiro emprego antes mesmo da conclusão do curso, 49,6%, ante 27,8% dos profissionais da rede pública. De acordo com a pesquisa, mais da metade dos graduados da rede privada cursou o ensino superior no período noturno (62,2%), contra 22,3% da pública. Já entre os profissionais da rede pública, 63,8% responderam ter cursado o período diurno integral.

Por período de estudo, diurno e noturno, destaca-se o percentual de participantes que responderam ter conseguido o primeiro emprego antes mesmo da conclusão do curso, 56,0% do noturno, contra 27,9% do diurno. Já entre os egressos que ainda não conseguiram o primeiro emprego, praticamente não houve diferença por turno: 15,2% do diurno e 15,7% do noturno.  Considerando apenas os egressos que responderam atuar no momento em uma área diferente da formação, não houve diferença significativa entre os graduados de entidades públicas e particulares: 22,5% da rede privada, contra 21,8% da pública.

Apresentação da Pesquisa de Empregabilidade, durante o lançamento do Instituto Semesp

Relevância do diploma

A relevância do diploma de graduação na rentabilidade dos profissionais também chama a atenção na pesquisa: O comparativo entre o salário mensal (bruto) antes e depois de concluir o curso, considerando apenas os respondentes que já trabalhavam antes de concluir a graduação e que estão trabalhando atualmente, aponta aumento de 162% na renda média mensal dos egressos. Os profissionais que trabalham também responderam o que melhorou após concluir o curso superior. As principais menções foram: ingressou em um curso de pós-graduação (42,5%); o salário melhorou (41,3%); conseguiu emprego na área de atuação (41,3%); conseguiu o primeiro emprego (26,4%). Entre os 17,6% dos participantes que não trabalham atualmente, a pesquisa revelou que 75,1% deles estão procurando por vaga no mercado de trabalho, seguido de 28,9% que estão apenas estudando.

No total de cursos com maior número de participantes, lideram Administração (8,4%); Direito (7,6%); Ciências Biológicas (4,4%), Engenharia Civil (4,2%) e Psicologia (4,2%), entre outros. Agora, considerando apenas os participantes da rede privada, os cursos com mais representatividade na pesquisa são: Administração (12,2%); Direito (10,9%); Psicologia (5,5%); Engenharia Civil (5,0%) e Publicidade e Propaganda (4,3%). De instituições públicas, os cursos com mais egressos são: Ciências Biológicas (8,4%); Engenharia Mecânica (6,6%); Ciências da Computação (5,2%); Geografia (3,6%) e Medicina Veterinária (3,6%).

O evento de lançamento do Instituto Semesp teve ainda a apresentação de um case de empregabilidade da Laureate, em que Kleidson Daniel, Gerente Nacional de Carreiras da IES, falou sobre como o Portal de Carreiras da instituição tem feito a diferença na vida de seus alunos. “A questão da empregabilidade tem ganhado relevância apenas recentemente e é um tópico complexo porque depende de muitas variáveis e do desenvolvimento de habilidades auxiliares”, afirmou. Fabíola Goes, gerente de Projetos da Cia de Talentos, encerrou o evento falando sobre os mobilizadores de carreiras, a partir de um contexto de excesso de informações que gera ansiedade, cansaço e preocupação.