Para auxiliar o setor na formulação de políticas acadêmica e de gestão, o Semesp apresenta o Índice de Empregabilidade do Ensino Superior. O novo índice, produzido pela Assessoria Econômica da entidade, é trimestral e mostra a evolução do saldo de empregos dos profissionais com educação superior total e por área, número de empregados com carteira assinada, bem como o valor médio de remuneração por gênero e faixa etária, em comparação aos profissionais com ensino médio.

“Apesar da instabilidade econômica que o país atravessa, os indicadores confirmam que os profissionais com ensino superior sofrem menos os efeitos da crise do que os que não têm escolaridade superior. Nos três primeiros meses do ano, o saldo de empregos com ensino superior (número de admissões – número de desligamentos) foi positivo em cerca de 100 mil novos postos de trabalho com carteira assinada. O profissional qualificado é um pouco mais blindado à crise”, explica Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp.

De acordo com o índice, a diferença no valor da remuneração dos profissionais pelo nível de escolaridade fica mais acentuada de acordo com a faixa etária. Entre os jovens, de 19 a 24 anos, a variação salarial para os homens com nível superior é de 49% e para as mulheres é de 34% em comparação a quem tem somente o ensino médio.  De 40 a 44 anos, os homens com ensino superior ganham 111% a mais e as mulheres 85%. Já na faixa de 50 a 54 anos, a diferença salarial sobe para 125% para os homens e 79% para as mulheres.

O índice também chama a atenção para a questão da remuneração por gênero. Na faixa etária acima de 65 anos, os homens ganham até 77% a mais que as mulheres. De 50 a 54 anos, os homens têm salário 52% superior ao das mulheres. De 40 a 44 anos, a diferença cai para 36%. Já entre os mais jovens, de 19 a 24 anos, a variação é de 13%. Para Capelato, “a diferença de salário entre homens e mulheres vem reduzindo e tende a desaparecer com o tempo. Conforme as gerações avançam, as diferenças diminuem”.

Por área, praticamente todas as analisadas tiveram saldo positivo, exceto Engenharias. “O saldo negativo em Engenharias mostra que infraestrutura e indústria ainda não se recuperaram da crise, pois são as que mais geram emprego para esta área”, comenta Capelato.