Fernanda Verdolin e Rodrigo Capelato durante apresentação de série de pesquisas realizada pelo Instituto Semesp em parceria com a Edtech Workalove

Foi-se o tempo em que os jovens ingressavam no ensino superior apenas em busca de um diploma. Em um cenário de constantes mudanças, eles optam pela educação superior para viverem experiências e mudarem de vida. “A trajetória e a jornada do aluno ao longo dos anos nas instituições de ensino superior valem mais do que um diploma”, afirmou o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, durante o lançamento, nesta quinta (9), da pesquisa “O que leva o aluno a ingressar no ensino superior?”, realizada pelo Instituto Semesp em parceria com a plataforma Workalove.

Confira apresentação da pesquisa na íntegra

“O objetivo da pesquisa é trazer informações úteis para as IES, em especial no período de captação ainda do primeiro semestre de 2023, diante de um cenário que segue sendo desafiador para o setor”, explicou Capelato. “Essa pesquisa foi realizada com alunos que acabam de concluir o ensino médio e ainda não ingressaram em uma graduação, funcionando como um termômetro do cenário atual em que o calendário do ENEM esticou o processo de captação das IES”, completou Capelato. “Os jovens esperam sair os resultados do ENEM para tentar o Sisu, em seguida o ProUni e o FIES para só então pensarem em entrar em uma faculdade pagando”.

Rodrigo Capelato apresenta os dados da pesquisa “O que leva o aluno a ingressar no ensino superior?”

Entre alguns números apresentados pela pesquisa estão:
– 82% dos jovens que preencheram a pesquisa afirmam que pretendem ingressar no ensino superior ainda em 2023;
– Desses, 49,8% pretendem ingressar ainda no primeiro semestre;
– 54,3% dos jovens afirmam que querem ingressar em um curso da modalidade presencial;
– Apenas 12,5% dos jovens afirmaram querer ingressar somente em uma IES pública;
– 90% dos jovens acreditam que as IES privadas ofertam ensino de qualidade;
– 70% deles, no entanto, afirmam que não conseguem ingressar em uma IES privada sem algum tipo de auxílio, como bolsa da própria instituição ou políticas públicas como ProUni ou FIES.

Segundo Capelato, a questão econômica ainda é uma das grandes dores do setor do ensino superior privado. “Muitos jovens querem ingressar no ensino superior, mas não conseguem. A maioria espera receber algum tipo de bolsa ou auxílio. Há poucas vagas nas IES públicas e as políticas públicas atuais não dão contam da demanda”, lamentou ele.

Confira apresentação da pesquisa na íntegra

Fernanda Verdolin, CEO e founder da Edtech Workalove, lança série de pesquisas realizada em parceria com o Instituto Semesp

Série de pesquisas

A divulgação dos resultados da pesquisa “O que leva o aluno a ingressar no ensino superior?” marcou o lançamento de uma série de pesquisas realizada pelo Instituto Semesp em parceria com a Workalove. “Essas pesquisas são uma rica oportunidade de reflexões para os gestores das IES repensarem processos e experiências na jornada dos alunos dentro das instituições, ajudando a traçar estratégias que vão ajudar na captação, permanência e no relacionamento com os estudantes”, afirmou Fernanda Verdolin, CEO e founder da Edtech Workalove, durante o lançamento.

“O Brasil é o segundo pior país no ranking mundial de gap de competências demandas pelo mercado de trabalho”, pontuou ela. “Atualmente, somente o diploma não é mais suficiente para inserir nossos alunos no mercado de trabalho. Essas pesquisas vão ajudar as IES a refletirem sobre esse cenário, apontando possíveis problemas que podem surgir durante a jornada acadêmica dos estudantes, como aumentar, por exemplo, a conexão entre o aluno com a profissão escolhida”, explicou.

Confira apresentação da pesquisa na íntegra

Os temas das próximas quatro pesquisas que serão realizadas são:
O que pensam os estudantes sobre o ensino superior?;
Por que o ensino superior não é a principal fonte de formação de profissionais de TI?;
Qual o modelo ideal de IES na visão dos estudantes?;
Conheça as motivações dos estudantes para ingressar no Ensino Superior em 2024.