A presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, e diretores do Semep apresentaram propostas para a educação superior durante reunião com o Inep

A presidente do Semesp, profa. Lúcia Teixeira, o diretor executivo da entidade, Rodrigo Capelato, o diretor Jurídico, José Roberto Covac, e o diretor de Inovação e Redes, Fábio Reis, participaram de reunião nesta sexta (23) com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Danilo Dupas Ribeiro, e o diretor de Avaliação da Educação Superior, Luís Filipe de Miranda Grochocki.

Durante a reunião, o Semesp se colocou mais uma vez à disposição do Inep e apresentou uma série de propostas de políticas públicas que visam o aperfeiçoamento do sistema educacional. “O Semesp e o Inep lutam pela educação de qualidade e inclusiva e devemos trabalhar juntos em prol de melhorias para a Educação Superior do país”, afirmou Lúcia Teixeira, que parabenizou ainda o Inep pela publicação da portaria que institui a avaliação externa virtual in loco, uma bandeira do Semesp que significa uma conquista para o setor.

Lúcia enfatizou que o Inep “pode contar com a colaboração do Semesp e com o segmento de educação superior privado, que está no ‘chão da escola’, para o aperfeiçoamento do sistema atual e outras ações, de modo que o órgão cumpra sua elevada missão dentro de um sistema de educação superior plural”.

Além da publicação da portaria, o Semesp elogiou também a transparência e as ações promissoras da nova gestão do Inep. “A avaliação remota é uma grande inovação e mostra a qualidade do trabalho que vem sendo realizado”, disse Rodrigo Capelato, que apresentou uma proposta para o órgão sobre a criação de novos indicadores de qualidade para o setor, além da valorização da autoavaliação, outra bandeira importante defendida pela entidade.

“Não somos contra os indicadores que já existem”, decretou Capelato. “Nós entendemos que eles já estão difundidos, mas eles podem ser aperfeiçoados e combinados com outros indicadores para melhor refletir a diversidade do ensino superior brasileiro, com IES de diferentes portes e com diferentes missões”, avaliou. “Precisamos de uma nova cesta de indicadores que possibilite termos uma visão multidimensional do setor e estamos nos colocando a dispor do Inep para ajudar nessa construção”, afirmou Capelato.

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Fábio Reis destacou a questão da autoavaliação, que ajudará as IES a criarem processos internos de inovação, deixando de seguir apenas um único parâmetro de avaliação. “É papel do governo criar as diretrizes gerais de avaliação, mas é importante que as próprias instituições estabeleçam estratégias e fortaleçam as Comissões Permanentes de Avaliação (CPAs), valorizando as identidades institucionais”, avaliou. “A autoavaliação é um caminho para que isso aconteça”.

Outra proposta encaminhada ao Inep diz respeito a mudanças na divisão entre as modalidades presencial e EAD. “A legislação estabelece que não existe diferença entre o diploma presencial e o diploma do EAD, então é necessário que se faça uma profunda reflexão sobre o uso do termo modalidade, que precisa ser revisto e pensado como metodologia”, defendeu José Roberto Covac. “Essa separação entre presencial e EAD precisa acabar, e a pandemia tem nos mostrado que ela não faz mais sentido”.

Ao final da reunião, o presidente do Inep, Danilo Dupas Ribeiro, agradeceu ao Semesp pela apresentação das propostas e pelo papel protagonista que a entidade tem assumido. “É um prazer ouvir as propostas do Semesp, um de nossos parceiros fundamentais”, disse. “É importante ouvir o setor porque queremos fazer uma gestão bem ativa pautada em resultados e transparência, com um direcionamento propositivo e positivo”, finalizou.