O diretor Executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, apresentou nesta sexta-feira (18) o Panorama, Tendências e Indicadores de Qualidade do Ensino Superior do Rio Grande do Sul e da região Metropolitana de Porto Alegre, composta por 98 municípios, durante o 11º SADEBr – Seminário de Ações Digitais na Educação Brasileira, realizado no Hotel Deville Prime, em Porto Alegre.

Segundo Rodrigo Capelato, por influência da crise econômica que o país sofre desde 2015 e a progressiva redução na oferta de vagas do Fies, o número de matrículas nas instituições de ensino superior, em cursos presenciais, no estado do Rio Grande do Sul, registrou queda de 3,6%, passando de 299 mil em 2015 para 288 mil em 2016. A região Metropolitana de Porto Alegre manteve-se praticamente estável, com queda de 0,6%, o que representa 144 mil contra 143 mil.

Em ingressantes, o Rio Grande do Sul teve redução de 1,2%, de 92 mil para 91 mil. Já a região Metropolitana de Porto Alegre cresceu 4,6% (48 mil em 2015 para 50 mil em 2016).

No cenário nacional, houve recuo de 2,6% em matrículas e de 4,9% em ingressantes.

Os índices de matrículas nos cursos a distância (EaD), no Rio Grande do Sul e na região Metropolitana de Porto Alegre, registraram desempenho positivo, 9,6% e 11,9%, respectivamente.

No número de ingressantes, em cursos EaD, Rio Grande do Sul e região Metropolitana de Porto Alegre também apresentaram crescimento, 18,2% e 11,6%, respectivamente.

No Brasil houve aumento de 8,4% em matrículas e 23,3% em ingressantes nos cursos a distância.

De acordo com o Panorama, os cursos a distância são procurados pelas pessoas de faixa etária mais elevada, a maioria está acima de 29 anos. Enquanto o público que procura os cursos presenciais é, na maioria, composto por jovens de até 24 anos.

“Os cursos a distância têm sido muito interessantes para as pessoas que não tiveram a oportunidade de fazer um curso superior quando saíram do ensino médio. Além da flexibilidade de horário e de não ser necessário o deslocamento diário para a faculdade, os valores das mensalidades são mais acessíveis e tornam os cursos mais atrativos para as pessoas que querem crescer profissionalmente ou mesmo aumentar as suas chances de empregabilidade”, explica Rodrigo Capelato.

A análise também englobou número de ingressantes com Fies, perfil dos alunos, cursos mais procurados, taxas de evasão e migração dos estudantes, nota de corte e valor médio das mensalidades, número de instituições, entre outros.