As eleições deram mais quatro anos ao governo da presidente Dilma Rousseff. Alguns brasileiros podem não estar satisfeitos com a decisão das urnas, outros acreditam que terá início uma nova etapa em que o Brasil pode e vai mesmo mudar. Mas não existe mágica, e sim trabalho árduo. Governos não mudam o país sozinhos. E, no caso do ensino superior, somos nós, representantes desse setor, que temos de ser disruptivos e fazer as mudanças acontecerem.

Em 2015 precisamos inovar mais, capacitar mais, aprender a trabalhar mais em equipe, nos apaixonar mais pela causa da educação superior. E liderar de verdade, para podermos transformar métricas e accountability em resultados palpáveis e sustentáveis.

Vamos pensar em como podemos melhorar a gestão. Perceber as áreas de desperdício de recursos, projetos sem nenhuma possibilidade de êxito que consomem tempo, energia e tiram o nosso foco. Temos de pensar mais em sustentabilidade.

A mudança não pode ser representada somente por um ou outro setor, ou pelo que está acontecendo fora das nossas instituições de ensino superior. A mudança está do lado de dentro, e não podemos colocar a culpa de resultados frágeis em ninguém, seja governo ou não. Em 2015 temos de parar de reclamar, e enfrentar nossas maiores dificuldades com perseverança e superação. Lembrando que, ainda em 2014, temos de trabalhar em prol do nosso principal patrimônio: os nossos alunos.

Hermes Ferreira Figueiredo, presidente do Semesp