Segundo dia do 13° Seminário de Tecnologia Educacional discutiu possibilidades para a educação superior com a chegada do 5G

Aconteceu nesta quinta, 2 de dezembro, o segundo dia do 13° Seminário de Tecnologia Educacional, evento realizado de forma virtual e que tem como tema os Desafios de TI na Transformação Digital do Ensino Superior. No segundo dia do evento, os participantes puderam acompanhar algumas discussões sobre como a chegada do 5G e o uso de Inteligência Artificial impactam na educação superior.

Segundo Frederico Trindade, gerente executivo de Educação Continuada da INATEL, o 5G é uma tecnologia que está chegando agora e que abre várias possibilidades para diversos setores de negócios, incluindo a educação superior. “O 5G vai promover uma transformação muito grande na forma que vivemos graças ao seu impacto na velocidade de transmissão de dados”, explicou ele. “Essa velocidade possibilita uma rapidez nas respostas, o que influenciará nas tomadas de decisões”, acrescentou. Para Trindade, um dos desafios dessa implementação é a infraestrutura maior e mais custosa que a tecnologia requer.

Seminário de Tecnologia Educacional discute transformação digital

O CEO da Telefônica Educação Digital, Luiz Alexandre Castanha, disse que vê com muito entusiamo a chegada do 5G e os impactos que a tecnologia causará na educação superior, especialmente na experiência dos alunos. “O 5G terá grande influência na interatividade online, possibilitando aulas mais inteligentes e imersivas, além de experiências mais reais em laboratórios 3D”, exemplificou citando ainda a questão da aprendizagem compartilhada e das metodologias ativas. “O 5G também pode avançar a questão do ensino remoto e híbrido, que ainda não alcançou o seu limite”, defendeu.

Debate sobre a aplicação da Inteligência Artificial na educação superior marca segundo dia do 13° Seminário de Tecnologia Educacional

Inteligência Artificial

Durante palestra sobre Aplicação de IA no Ensino Superior, o professor dos cursos de Computação e de Engenharias da Newton de Belo Horizonte, Ruy Barbosa Figueiredo Junior, alertou para uma visão equivocada que a sociedade em geral tem da Inteligência Artificial, geralmente associada a robôs e de um uso mais complexo. “Em questão de usabilidade, basta curiosidade e vontade de aprender para trabalhar com Inteligência Artificial”, decretou. Outra ideia errada sobre a Inteligência Artifical, segundo o professor, é de que as máquinas vão substituir os humanos. “Os homens complementam as máquinas e elas oferecem ‘super poderes’ aos humanos. Existem habilidades que são típicas dos homens”, afirmou.

O cientista digital Maurício Garcia explicou melhor quais os benefícios da Inteligência Artificial e como ela pode ser útil à educação superior. “Entre os seus benefícios está o uso de modelos preditivos, que prevêem comportamentos, a possibilidade de personalização das trilhas de aprendizagem, a interpretação de textos e até os chamados chatbots, assistentes virtuais que assumem o papel de professores”, listou.

Para Garcia, no entanto, o grande mérito da Inteligência Artificial é a geração de dados treinados que possibilitam aprendizado e conhecimento. “Isso é de um valor inestimável e é o grande ativo das empresas atualmente, inclusive das instituições de ensino”, alertou. “As IES podem utilizar esses dados para saber quem são os seus alunos e gerar conhecimento proprietário em cima das bases treinadas desenvolvidas pelas instituições”, destacou.