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Diversidade é tema de discussões do Diálogos Contemporâneos

Terceiro painel do Diálogos Contemporâneos debateu a importância da diversidade

Depois de painéis sobre o papel das lideranças e as crises econômicas, o projeto Diálogos Contemporâneos discutiu nesta terça (19) outro tema importante que demanda uma nova visão política e uma atitude mais ativa por parte da sociedade: diversidade e gênero. O projeto é realizado pelo Semesp em parceria com o Centro Universitário Newton Paiva e o Centro Universitário Facens, além de contar com o apoio de mais uma dezena de IES.

Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, abriu o painel destacando que o Diálogos Contemporâneos  é um projeto realizado com carinho e paixão pelo Semesp. “É um projeto transformador que leva ao ambiente universitário temas importantes e que precisam ser discutidos”, disse ele.

“O propósito do Diálogos Contemporâneos é ampliar uma visão sistêmica, o pensamento crítico e uma atitude cidadã e colaborativa de nossos alunos, desenvolvendo isso dentro de nossas universidades e da sociedade”, explicou Thais Beldi, do Centro Universitário Facens. “Nosso papel como universidade é ser uma grande ferramenta de transformação social”.

O terceiro painel do Diálogos Contemporâneos contou com mediação de Du Migliano, fundador da plataforma de carreiras 99jobs.com, e contou com as presenças do cineasta Evgeny Afineevsky, diretor do documento “Francesco”, sobre o Papa Francisco, que inspirou o nascimento do Diálogos Contemporâneos, e de Viviane Elias Moreira, gerente Senior de Resiliência Corporativa, associada a WCD (Women Corporate Directors) e uma das integrantes do Grupo Conselheiras 101, 1º grupo de formação de executivas negras para posições de conselho, e co-líder do grupo de diversidade racial Melanina.

O terceiro painel do Diálogos Contemporâneos já está disponível na íntegra

Viviane Elias Moreira contou um pouco da sua luta por mais igualdade e diversidade durante o Diálogos Contemporâneos

Du Migliano começou a conversa lamentando que recrutar seja uma das maiores ferramentas amplificadoras de preconceitos, fechando oportunidades para minorias. Segundo ele, é mais do que necessário falar sobre diversidade atualmente, principalmente em ambientes corporativos e também nas universidades.

O cineasta Evgeny Afineevsky apontou a importância do diálogo, destacando a força da palavra para gerar inclusão e igualdade. “Só por meio do diálogo é que podemos gerar inclusão e criar uma sociedade com mais diversidade, com mais vozes sendo ouvidas”, defendeu. Afineevsky disse também que a educação é um passo fundamental para que essa mudança ocorra. “Temos que começar a discutir esses assuntos desde a educação básica”, decretou.

Viviane Elias Moreira concordou e usou seu exemplo como prova de que a educação é transformadora. “Sou uma mulher negra e periférica, sou resultado do que a educação pode fazer, já que represento tudo que o sistema sempre lutou contra”, afirmou. “Diversidade é respeito e inclusão é visibilidade”, declarou ela, acrescentando que é papel do mundo corporativo e das universidades encampar uma reparação histórica e minimizar as defasagens dos sistemas. “As empresas podem dar visibilidade por meio da inclusão e empregos, abrindo portas para histórias que nem imaginamos. São vidas e legados que estão em jogo”, lembrou.

Realizados mensalmente, os próximos painéis do Diálogos Contemporâneos abordarão mudanças climáticas e crise dos refugiados. Saiba mais sobre o projeto com as datas dos painéis aqui.

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