As instituições estão cada vez mais atentas para a internacionalização da educação, como mostra a matéria No Brasil, para o mundo, da edição de outubro de 2013 da Revista Ensino Superior. O momento de crescimento é o ideal para atentar para os riscos. Segundo uma pesquisa realizada pela Associação Internacional de Universidades (IAU, na sigla em inglês), o maior deles é que ela beneficia principalmente os estudantes mais ricos, configurando um dano social de comercialização do ensino.

A quarta edição da pesquisa global obteve dados de mais de 1300 instituições, de 131 países. A proposta era responder a questionamentos quanto ao financiamento de atividades de internacionalização, a realidade e os objetivos da mobilidade estudantil, como as tendências mudaram ao longo dos anos e as especificidades de cada região geográfica.

Resultados
Os gestores foram classificados como peça principal, da equipe interna, no processo de trocas com o exterior, e as políticas públicas como a peça externa mais importante. Mais da metade das instituições pesquisadas já tinham uma política de relações internacionais, e outras 25% disseram ter projetos em construção. A grande maioria afirmou que a região alvo para intercâmbios era a mesma da própria instituição, apesar da Europa atrais interesse geral.

O maior obstáculo para a internacionalização, aponta o estudo, é a falta de financiamento, tanto externa quanto internamente; mais de 50% das participantes contam que os recursos vêm do orçamento geral da instituição. Dentro das atividades de internacionalização, as prioridades reveladas foram, em ordem de importância, a mobilidade externa estudantil e a colaboração internacional em pesquisas. E para 32% dos entrevistados o benefício mais significante da internacionalização é o conhecimento de problemas internacionais adquirido pelo estudante.

A pesquisa completa, em inglês, pode ser encomendada através do site.