O Semesp deu início ao primeiro dia do Congresso de Políticas Públicas para a América Latina ressaltando a oportunidade de reunir associações, representantes do Ministério da Educação e representantes internacional para encontrar diretrizes para a evolução do ensino superior com o apoio de políticas públicas.

Em sua fala de abertura, o presidente do Semesp, prof. Hermes Figueiredo, frisou que a intenção da reunião de hoje é pensar o que queremos para os próximos 10, 20 e 50 anos. “Há um consenso no Brasil e na América Latina que a educação superior é fundamental para o desenvolvimento econômico e aumento da qualidade de vida da população”, comentou. Sendo assim, o evento busca encontrar os principais desafios do setor para que o governo possa propor caminhos.

O representante da Câmara da Educação Superior, Antonio Carbonari, tratou do papel central da Universidade no mundo atual, que não é mais formar alunos ou fazer pesquisa, mas sim formar o cidadão para viver na comunidade com os seus atuais desafios e complexidade. Para Carbonari, dificilmente o ensino público viveria sem o privado, “a falta de um sufocaria o outro”, disse.

Em nome do Ministério da Educação, Rubens de Oliveira Martins, chefe de gabinete da SERES, agradeceu pela iniciativa do Semesp de reunir os representantes para encontrar soluções para conflitos gerados pela legislação, uma vez que com o passar dos anos e a evolução dos serviços, os decretos não são conversados e não se encaixam no modelo atual. “É uma grata oportunidade discutir isso juntos e amplamente, por que é isso que precisamos para evoluir”, finalizou.

Nos debates sobre o papel da Educação e das Políticas Públicas, o consultor internacional Claudio Rama começou a roda de discussão mostrando que não se deve mais dividir os papeis e os objetivos. “Historicamente, a política é sempre vista como um confronto e tensão entre os que estão dentro e os que estão fora. Agora o que queremos fazer é pensar juntos, público e privado, Brasil e exterior, por que educação não é mais presencial e não é mais um serviço nacional, é internacional e ampla”.