Foi aprovada nesta quarta-feira (14) pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a fusão da Kroton Educacional S.A. e da Anhanguera Educacional Participações. O processo, que teve início em abril de 2013, foi concluído com restrições e gera uma companhia de R$ 22 bilhões, sem considerar as sinergias adquiridas.

Dentre as restrições impostas estão a alienação do Centro Universitário Leonardo da Vinci, a limitação da captação de alguns cursos em 48 municípios para a Universidade do Norte do Paraná (Unopar) e Universidade Anhanguera – Uniderp (Uniderp) até o ano de 2017, além do comprometimento em não utilizar a marca das duas instituições para captar novos alunos em certos cursos de ensino a distância em municípios em que as duas atuam. Em conferência com a imprensa, Rodrigo Galindo, presidente da Kroton, e Roberto Valério, presidente da Anhanguera, ressaltaram que o Cade foi sensível na análise do case educacional, tendo um olhar diferenciado e dando importância também para a qualidade do ensino, além das especificações de mercado. Pensando nisso, foi estabelecido que a empresa deve realizar investimento em capacitação de tutores para polos de ensino a distância e ter, até 2017, 80% do corpo docente dessa modalidade formado por mestres e doutores. “A preocupação com a qualidade demonstrada pelo Cade mostra um grande diferencial para o setor. É possível entregar ensino em escala com qualidade”, comenta Galindo.

As restrições estão vigentes durante três anos e depois a empresa pode operar normalmente. De acordo com os executivos, os processos seletivos de 2014 não sofrerão alteração, pois as restrições contam a partir do primeiro semestre de 2015.