Desde junho do ano passado, o plebiscito que resultou na saída do Reino Unido da União Europeia, trouxe várias discussões sobre os ganhos e perdas para todos os setores, não só aos países envolvidos como também para todo o mundo. A princípio o Reino Unido deixaria de fazer parte dos tratados que envolve a UE, não aceitaria imigrantes com passaporte dos países pertencentes à União e iria rever contratos e acordos comerciais.

Para discutir como essa mudança afetará as instituições de ensino superior, o professor da Universidade de Londres, Simon Marginson, escreveu um artigo sobre o tema para o Boletim Ensino Superior Internacional, distribuído pelo CIHE do Boston College e traduzido e disponibilizado gratuitamente pelo Semesp.

(…) Para o ensino superior, um setor do Reino Unido onde a relação com a Europa tem sido inequivocamente positiva — uma vitória tanto para os países europeus como do Reino Unido — as consequências serão tão desestabilizadoras como estava previsto antes da votação. (…)

Atualmente existem 43.000 funcionários e 125.000 estudantes da União Europeia em universidades britânicas e a situação deles ao longo dos próximos anos é indefinida. Um corte nos estudantes vindos dá UE, também afetará os alunos que vieram de outras partes do mundo. O que se sabe é que os estudantes internacionais, em geral, agregam um valor estimado em £17,5 bilhões para a economia do Reino Unido.

Mas, além do impacto financeiro, é altamente improvável que as universidades britânicas irão manter a qualidade de membro dos principais programas de pesquisas europeus. O Reino Unido gasta apenas 0,44% do seu PIB em pesquisa no ensino superior, bem abaixo de investimentos no noroeste da Europa.

Esses e outros fatores são levantados pelo autor no artigo. Leia todos os textos do boletim gratuitamente neste link.