Leonardo de Oliveira Andrade, executivo de projetos da consultoria QS, e Fábio Reis, diretor de Inovação e Redes do Semesp, durante bate-papo sobre rankings educacionais

“Os rankings educacionais fortalecem os indicadores das IES”, disparou Leonardo de Oliveira Andrade, executivo de projetos da QS, consultoria responsável pela elaboração de alguns dos principais rankings educacionais do mundo, entre eles o QS World University Ranking. Para incentivar uma maior participação de IES brasileiras nos rankings, sobretudo do setor privado, ele participou nesta quinta (17) de um bate-papo com associados do Semesp.

Realcup lança projeto de internacionalização

Na conversa, Leonardo de Oliveira Andrade lamentou que muitas IES brasileiras, especialmente instituições privadas, não tenham visão estratégica para se inscrevem nos processos de coletas de dados dos rankings. Mas ele garantiu que todas as IES podem entrar no jogo dos rankings para conhecerem suas fortalezas e terem uma melhor excelência na atração de docentes e de estudantes qualificados.

“Os dados são importantes para que possamos fazer análises sobre o cenário do ensino superior e tomar decisões estratégicas para melhorar a qualidade da aprendizagem e do ensino”, disse Leonardo durante o bate-papo. “Os rankings também são importantes para conectar estudantes com IES a nível internacional, sendo bastante utilizados também por agências governamentais, empregadores, professores e pesquisadores”, elencou.

Dominado por países como Estados Unidos, Reino Unido, China e Singapura, os rankings avaliam, entre outros, critérios acadêmicos, de empregabilidade e internacionalização. Para Leonardo, os quesitos de internacionalização estão entre os que o Brasil mais perde pontos. “As IES brasileiras têm baixa pontuação em critérios como professores e alunos internacionais. Elas precisam também de um melhor mapeamento de seus ex-alunos, quem são eles, onde eles trabalham, por exemplo. Esses são desafios que as IES precisam enfrentar para melhor se posicionarem nos rankings mundiais”, apontou. “O Brasil tem potencial para melhor sua posição nos rankings e de assumir a liderança educacional na América Latina”, decretou Leonardo, que destacou que nos dias 22 e 23 de setembro, a QS realizará em Vila Velha, no Espírito Santo, conferência para divulgar o ranking QS 2022 da América Latina.