Lúcia Teixeira, presidente do Semesp, durante abertura do 23° FNESP (Foto: Semesp/Guilherme Veloso)

A presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, falou presencialmente, nesta quarta (27), na abertura do 23° FNESP, em São Paulo. Em sua discurso inicial, ela lembrou que, em 2020, o evento precisou ser realizado de forma remota em virtude da pandemia da Covid-19 e destacou a realização híbrida desse ano. “É uma grande emoção o Semesp poder reuni-los aqui depois de quase dois anos de eventos totalmente remotos, mesmo com apenas 200 vagas presenciais e seguindo todos os protocolos de distanciamento”, disse.

“Foram dois anos muito difíceis. Sabemos o quanto o nosso setor foi afetado pela pandemia. E isso ocorreu não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. As instituições de ensino superior sofreram globalmente com a necessidade de se adaptar à difícil realidade que as atingiu, e que impactou seus alunos e seu corpo docente e administrativo, resultando numa crise sem precedentes”, continuou Lúcia Teixeira, que destacou a capacidade de resiliência das instituições de ensino superior e do setor para se reinventar e sair da crise fortalecidos. “As instituições privadas do segmento de ensino superior foram as primeiras a entregar conhecimento no novo modelo remoto”, decretou.

Sobre o tema desta edição do FNESP, a presidente do Semesp afirmou que serão três dias de evento com palestras, debates e discussões olhando além da crise mostrando por que as IES privadas, apesar de todos os desafios enfrentados, não irão desaparecer. “As instituições de ensino superior privadas demonstraram uma disposição para se adaptar às novas circunstâncias bem maior do que poderiam sugerir os clichês sobre a rigidez do setor e sua resistência às mudanças. Soubemos responder à crise com soluções, e mostramos nossa capacidade de inovação e superação”, declarou Lúcia Teixeira reforçando o importante papel que o Semesp teve para orientar as IES durante todo o período da pandemia.

Maria Helena Guimarães, presidente do Conselho Nacional de Educação, falou na abertura do 23° FNESP (Foto: Semesp/Guilherme Veloso)

A abertura do 23° FNESP contou também com fala da presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Maria Helena Guimarães, que reforçou a importância da contribuição da educação superior privado para o país, já que o setor detém cerca de 75% das matrículas do Brasil. “Nós estamos atravessando um momento complicado e desafiador, mas com várias oportunidades”, declarou ela afirmando que a pandemia foi a maior disrupção da educação na história da humanidade.

Segundo ela, nesse momento, é preciso que os agentes da educação organizem uma agenda emergencial e outra estruturante. “A agenda emergencial é crucial para atrair novamente os alunos para o ensino superior depois de dois anos sem atividades presenciais”, explicou Maria Helena. “Ela é necessária para engajar os alunos nessa volta, deixando claro a importância do ensino superior”, pontuou. “Já a agenda estruturante é necessária para que as IES repensem as propostas curriculares dos cursos readequando-as para um mercado de trabalho em constante mudança em razão dos avanços tecnológicos. Essa mudança depende da articulação das próprias IES”, finalizou.