Nesta sexta-feira (24) foi aberta a 17ª edição do Conic-Semesp – Congresso Nacional de Iniciação Científica, no Centro Universitário Ítalo Brasileiro (UniÍtalo), em São Paulo. A abertura contou com as presenças da vice-reitora do UniÍtalo, Priscila Simões, da professora doutora do UniÍtalo, Laura Cuvello, do 2º vice-presidente do Semesp, Valdir Lanza, da 1ª diretora Financeira do Semesp, Cecília B. Pires Tavares de Anderlini, e do diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato.

A edição deste ano do Conic-Semesp tem como tema “Política e Cidadania”, escolhido em função do momento em que vive o país. “Em tempos onde a política é preponderante nas relações humanas, se faz necessário ampliar o olhar e compreender suas nuances para além do cenário político e o simples ato de votar. Qual o nosso papel na sociedade? Qual o peso de nossas atitudes nas diversas relações que constituímos ao longo da vida, em casa, no trabalho, com os amigos e por que não com os desconhecidos, com quem interagimos no cotidiano da cidade?”, comentou Capelato.

Em seu discurso Priscila Simões falou sobre a importância da iniciação científica: “O UniÍtalo tem quase 70 anos de idade, estamos sempre nos transformando. Acreditamos que a formação acadêmica deve contribuir com as questões sociais do País. O rigor cientifico tem esse papel de ajudar na transformação da sociedade. Por isso, o UniÍtalo tem imensa honra em sediar o 17º Conic.”

A diretora Cecília Anderlini parabenizou os alunos: “O Conic só tem brilho por vocês jovens vencedores de duas importantes etapas para chegar até aqui. “A primeira por terem sido classificados pelas suas IES e depois por terem sido selecionados por professores avaliadores rigorosos, entre os mais de 4.000 trabalhos inscritos de diversas áreas do conhecimento.”

“A sociedade precisa da ciência aplicada. O Conic nasceu com esse objetivo”, disse Valdir Lanza.

Durante a cerimônia, a professora Laura Cuvello foi homenageada com uma placa por sua contribuição à Iniciação Científica (IC) no UniÍtalo. A professora é recordista na instituição em trabalhos de IC, uma grande entusiasta da pesquisa e ajudou muito para a participação dos alunos no Conic. “O caminho não é fácil. Mas seguimos perseverantes e acreditando na pesquisa, na iniciação científica”, disse Laura Cuvello.

Pesquisa Egressos

Rodrigo Capelato apresentou ao público um recorte da pesquisa de egressos, divulgada em outubro passado, com os principais pontos da evolução profissional desses concluintes, comparando as vantagens daqueles que participaram da iniciação científica e dos que não.

Segundo Capelato, as áreas de cursos com maior número de egressos no ensino superior que participaram de programas de Iniciação Científica foram Ciências, Matemática e Computação (24%) e Saúde e Bem Estar Social (21,9%). O estudo revelou também que “a maioria dos egressos participantes de programas de IC hoje trabalha na área de formação (48%) e, entre os que não trabalham no momento, e que participaram de programas de IC, mais da metade está realizando um curso de pós-graduação Stricto Sensu”.

Outro ponto que merece destaque no recorte da pesquisa é que egressos que participaram de IC conseguem níveis hierárquicos maiores na carreira profissional como em cargos de diretoria (4,8% para quem participou de IC e só 0,4% para quem não); de gerência (9,6% para quem participou e 2,0% para quem não) e de coordenação e supervisão (13,3% para quem participou e somente 9,3% para quem não).

O recorte mostra ainda que concluintes que participaram de programas de IC ganham mais do que os que não participaram. Na faixa salarial de 3 a 5 mil reais, 23,1% fizeram IC e apenas 20,9% não. “E na questão da dificuldade encontrada pelos egressos para procurar emprego após a conclusão da graduação, 39,4% dos que fizeram IC não tiveram nenhuma dificuldade enquanto dos que não fizeram IC a porcentagem foi menor e chegou a 32,1%”, concluiu Capelato.

O evento teve 2.412 trabalhos inscritos, contra 2.043 em 2016, um crescimento de 18,1% em relação ao ano anterior, além da participação de mais de 4 mil pessoas, entre alunos, convidados, e profissionais da educação. Do total de trabalhos inscritos nesta edição, apenas 2.099 foram aprovados para serem apresentados durante o evento. Os números registram um crescimento de 143% na comparação com a 1ª edição, realizada em 2005, quando 994 trabalhos foram inscritos, confirmando o CONIC-Semesp como o maior congresso de iniciação científica do Brasil.

Evolução dos trabalhos inscritos no Conic-Semesp

Fonte: Semesp / Assessoria Econômica

Do total desses 2.412 trabalhos efetivados, todas as cinco áreas do conhecimento registraram crescimento: Ciências Exatas e da Terra (175 trabalhos inscritos em 2017, contra 157 em 2016, aumento de 11,5%); Ciências Humanas e Sociais (512 trabalhos inscritos em 2017 contra 441 em 2016, aumento de 16,1%); Ciências Sociais Aplicadas (394 trabalhos inscritos contra 340,  aumento de 15,9%); Engenharias e Tecnologias (524 trabalhos inscritos esse ano contra 501 no ano passado, aumento de 4,6%) e Ciências Biológicas e da Saúde, com o maior crescimento – 33,6% (807 trabalhos contra 604 em 2016).

Além de prêmios para os melhores trabalhos das cinco áreas do conhecimento, nas categorias “Concluído” (no valor de R$ 2.000,00) e “Em Andamento” (no valor de R$ 1.000,00), o Conic premia também no valor de R$ 2.000,00 o melhor trabalho “Concluído” e  no valor de R$ 1.500,00 o Prêmio de Incentivo à Preservação Ambiental.

Serviço

17º Conic-Semesp
Data: 24 e 25 de novembro de 2017
Local: Centro Universitário Ítalo Brasileiro – UniÍtalo
Endereço: Av. João Dias, 2.046 – Santo Amaro, São Paulo/SP
Informações: [email protected] ou pelo telefone: (11) 2069-4410 

Sobre o Conic

O Congresso Nacional de Iniciação Científica é realizado desde 2001 e tem como objetivos identificar talentos, estimular a produção de conteúdo científico além de viabilizar na prática os projetos apresentados pelos alunos, por meio do exercício da criatividade e de conhecimentos adquiridos. Na edição de 2016, o CONIC-SEMESP também havia recebido número recorde de inscrições: 2.043 trabalhos contra 2.024 em 2015. Esse ano, dos 2.412 trabalhos inscritos, 2.099 foram aprovados para participação efetiva no Congresso.