O segundo dia da 16ª edição do maior Congresso de Iniciação Científica do país – o CONIC-SEMESP, contou com a apresentação de trabalhos criativos, inovadores e sustentáveis que fizeram com que os alunos participantes, além de cumprirem com todos os requisitos acadêmicos de suas formações, não se esqueceram de criar projetos relacionados com os problemas sociais e novas formas de lidar com temas e dificuldades do dia a dia.

Mesmo sendo de cursos diferentes, os estudantes Gustavo Setani e Eliel dos Santos Jesus, de Engenharia de Controle de Automação e Mecatrônica da Faculdade Eniac, buscaram desenvolver um carregador de bateria solar para celulares. Ainda em andamento, o objetivo do projeto deles é analisar e modelar o processo de funcionalidade do sistema fotovoltaico.

Ana Beatriz Lançoni Leandro, estudante do curso de enfermagem da Faculdade de Dracena, estudou como as práticas de enfermagem podem contribuir para a recuperação de pacientes portadores da Síndrome de Giullain-Barré como complicação do citomegalovírus. Rara, essa doença apresenta sintomas de infecções virais, mas sem o tratamento adequado pode causar paralisia facial.

Como a música pode ajudar as pessoas com deficiência? foi o trabalho apresentado por Gabriela de Oliveira, estudante de Direito do Centro Universitário Newton Paiva, de Belo Horizonte. Ela discursou e mostrou como a música pode ser “um eficaz instrumento de inclusão e invenção social”.

Representando o Instituto Mauá de Tecnologia, a estudante Andressa Baena da Cruz testou o uso de fibras de aço e de polipropileno no concreto. “Há fibras naturais e sintéticas de vários tipos de materiais que podem ser empregadas com a finalidade de reduzir a retração plástica do concreto (como é o caso das fibras de polipropileno) e até mesmo para a substituição parcial ou total de telas e barras de aço em algumas aplicações, como em pavimentos industriais”, resumiu.

Isabela Paiva e Camila Pessoto, da Universidade Santa Cecília (Unisanta),  desenvolveram um protótipo de telhado verde para o reaproveitamento de águas fluviais de uma residência de 60 m², habitada por quatro pessoas. A água coletada das chuvas é distribuída para a utilização sanitária dentro da casa.

O estudante de Engenharia Eletrônica Everton C. Araújo, da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens), criou um sistema de automação residencial que consiste na instalação de uma placa na residência, que contém vários dispositivos para controlar entrada e saída de portas e janelas, luz e tomadas. “Todos os componentes eletrônicos da casa são controlados por meio de um programa instalado no computador que tem interface com o celular. Pelo celular todas as pessoas que vivem na casa podem saber quem entrou, quem saiu, se a casa foi invadida e o custo é bem baixo”, disse.

E por fim, já imaginou usar um banheiro totalmente sustentável? O estudante Marcos Vinicius Moreira Borges, do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da FMU, pensou na ideia e desenvolveu o projeto Banheiros secos compostáveis: alternativa sustentável de saneamento ambiental que, por meio do uso da cerragem, neutraliza as fezes e a urina, que contêm nutrientes ricos para serem utilizados como adubo.