
Tec de Monterrey, no México.
Estou participando da oitava edição do Congresso Internacional de Inovação, na Tec. de Monterrey, no México, juntamente com Arapuan Neto, reitor da Unisuam. O Congresso de Internacional de Inovação da Tec de Monterrey nos permite ter um panorama dos temas que são relevantes para o ensino superior. Algo que percebo nos debates é que a melhor tecnologia não gera um processo de inovação e o melhor gestor, não irá transformar a IES.
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Inovação e gestão que transformam as IES são tratados como temas relevantes, coletivos e sistêmicos. A palavra ecossistema, que não é nova em nossos debates e textos, aparece com um significado de impacto e sinergia institucional e faz com que a IES tenha movimentos e projetos coletivos.
A inovação institucional requer esforço coletivo, direcionamento e diálogo. O gestor tem um papel de agregar, inspirar, conduzir o planejamento e criar o ecossistema, portanto, integrar os esforços institucionais e as diferentes áreas em uma mesma perspectiva.
Tecnologia é um recurso imprescindível, mas ela precisa estar amparada por um projeto de inovação que faça sentido para as pessoas. O gestor precisa saber quais tecnologias utilizar para que o projeto institucional se torne viável.
IES que passaram por um processo de transformação, como a Tec. de Monterrey, possuem planos e projetos de inovação bem definidos e sabem utilizar a tecnologia em benefício dos estudantes e dos professores. Instituições que construíram um ecossistema de inovação conseguem fortalecer a cultura de inovação.
Os cases apresentados no congresso indicam que a inovação com impacto institucional está relacionada a uma gestão profissional. Podemos e devemos nos encantar pelo avanço e uso do 5G, pelo Metaverso ou por outras tecnologias, mas, antes de tudo, temos que ter um plano de inovação e gestores capazes de conduzir o processo de transformação digital.
Espero que nossas IES dialoguem internamente sobre os temas relevantes e os tratem de forma estratégica, com investimentos, pessoas criativas, planos adequados e recursos tecnológicos necessários. As IES inovadoras no mundo fazem isso.
*Fábio Reis, diretor de Inovação e Redes do Semesp.