O seminário de Inovação e Internacionalização promovido pelo Semesp – Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior na última segunda-feira (dia 15), em São Paulo, revelou os custos, equipamentos, ferramentas e materiais necessários para a montagem de Fab Labs nas instituições de ensino superior. “A montagem de Fab Labs pelas IES são uma tendência global, e o Semesp pretende disseminar esses laboratórios de inovação no Brasil como ferramentas de aprendizado”, diz Fábio Reis, diretor de Inovação Acadêmica e Redes de Cooperação da entidade, responsável pela organização do evento.

“Os Fab Labs e a cultura maker (“aquele que faz”, em inglês) crescem exponencialmente e hoje são cerca de 1 mil espaços no mundo todo. Só no Brasil temos 17 Fab Labs classificados oficialmente na Fab Fondation e mais 14 em processo de classificação, requeridos pela prefeitura de São Paulo”, contabilizou Heloisa Neves,  cofundadora da We Fab, membro da rede internacional Fab Lab e professora no Insper.

O primeiro Fab Lab foi montado há 10 anos no Centro de Bits e Átomos do MIT – Massassuchets Institute of Technology, nos EUA, pelo professor Neil Gershenfeld, como um espaço que dispõe de equipamentos para que qualquer pessoa possa transformar suas ideias em realidade. A cultura maker tem como conceito o “faça você mesmo” (do-it-yoursef), ou seja, a possibilidade de construir ou modificar objetos utilizando a fabricação digital, com alta qualidade e precisão, de form mais rápida, de baixa escala, replicável e personalizável, facilitando a partilha e a melhoria contínua.

Segundo Heloisa, existem quatro modelos de Fab Labs: educacional (acadêmico),  profissional (os de garagem), público (de governos criando estruturas públicas e de engajamento social) e misto (os que mesclam 2 ou 3 modelos anteriores). O primeiro modelo acadêmico foi criado dentro do IAC – Instituto de Arquitetura Avançado da Catalunha, em Barcelona.  O modelo profissional, que já tem cinco anos de vida e foi o responsável pela criação da impressora 3D, é o ProtoSpace Fab Lab Ultratech, na Holanda. Um modelo público de grande sucesso é o Fac Leb Paris, e um misto que reúne profissional e público é o Fab Lab Amsterdam. No Brasil, há modelos educacionais como o Insper Fab Lab, Senai Rio, Fab Lab Facens e Sesi SP e profissional Isvor Fab Lab, na fábrica da Fiat em Betim.

“Muitas instituições de ensino superior podem montar seu próprio Fab Lab ou usar um espaço já montado. Para ser certificado como um Fab Lab, há uma lista de equipamentos que precisam compor o espaço, como fresadoras de precisão, moldes e fundição, cortadoras a laser e de vinil, impressoras 3D, plataformas de prototipagem eletrônica e de programação, para  produção de eletrônicos, softwares de design, além de kits eletrônicos, ferramentas e acessórios de apoio à prototipagem, livros, equipamentos de proteção  e consumíveis gerais. O custo total de um Fab Lab hoje fica em cerca de R$ 350 mil, entre máquinas e consumíveis para 6 meses”, informa Heloísa Neves.

Após a montagem de um Fab Lab como uma IES ou empresa mantém o espaço funcionando com retorno financeiro? Segundo outro especialista que participou do Seminário do Semesp, Tauan Bernardo, “a sobrevivência depende de uma eficiente gestão dos recursos e de cursos intensivos de como criar Fab Labs, além de palestras e workshops”. Diretor financeiro da Garagem Fab Lab, o primeiro espaço localizado no bairro da Barra Funda, em São Paulo, e totalmente formado para atender a comunidade brasileira, Bernardo informa que todas as quartas-feiras, das 14h às 21h, o Garagem Fab Lab faz o Open Day, dia aberto para a comunidade, e nos demais dias da semana o espaço fica aberto somente para membros da comunidade maker.

Contatos para entrevistas: 

Heloísa Neves – [email protected]

Site: www.wefab.cc

Tauan Bernardo – [email protected]

Site: http://www.garagemfablab.com.br/

Sobre o Semesp:

Fundado em 1979, o Semesp – Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior  congrega mais de 200 mantenedoras no Estado de São Paulo e no Brasil. Tem como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação superior, bem como prestar serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente, realiza uma série de eventos, visando promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, o Congresso Nacional de Iniciação Científica e as Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo. Para saber mais, acesse https://www.semesp.org.br. Mídias Sociais: Facebook: https://www.facebook.com/semesp; Linkedin: https://www.linkedin.com/company/semesp e Twitter 18º FNESP: twitter.com/fnesp; 16º CONIC: https://www.facebook.com/ConicSemespOficial/?fref=ts 

Atendimento à Imprensa:

Ana Purchio – (11) 2069-4419