O Semesp – Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior encomendou a Num.br uma pesquisa para identificar o perfil dos jovens universitários e o que eles mais procuram nas redes sociais. André Rossi, diretor de relacionamento da empresa, apresentou durante a 12ª Jornada Regional de São José dos Campos, realizada na última terça-feira (12 de abril) no Monreale Hotel, as aplicações do Big Data para o setor educacional e como elas podem ajudar as instituições de ensino superior a melhorar a tomada de decisões e a captação e retenção de seus alunos.

“O BigData é um conceito lançado no mercado pela Gartner Group em 2003,  que apontou para a necessidade de se observar uma nova realidade de produção de dados na internet caracterizada por 5V’s: volume, velocidade, variedade, veracidade e valor”, explicou Rossi. Com o uso desse conceito, primeiramente a Num.br identificou o perfil dos frequentadores das redes digitais em São José dos Campos e detectou que a maioria é formada por homens (65%), divididos nas faixas etárias:  dos 18 aos 24 anos (32%), de 25 a 34 anos (31%), de 35 a 44 anos (20%), de 45 a 54 anos (11%), de 55 a 64 anos (5%) e mais de 65 anos (1%). Já as mulheres perfazem um total de 36%, divididas nas faixas etárias: de 18 a 24 anos (42%), de 25 a 34 anos (32%), de 35 a 44 anos (15%), de 45 a 54 anos (7%), de 55 a 64 anos (3%) e mais de 65 anos 1%).

A partir do perfil, foram analisadas 101 menções nas redes sociais de alunos criticando instituições de ensino superior nas redes digitais, nos últimos 12 meses na região. Por ordem de importância surgiram: atendimento (26,73%), diploma (23,76%), problemas financeiros (18,81%), Notas (13,86%), Fies (12,87%) e estrutura (3,96%). “Constatamos que desses quase 27% das menções que se referiam ao atendimento das universidades, 57% das pessoas alegaram que quando vão tirar uma dúvida referente a curso ou matrícula, cada funcionário da instituição passa uma informação diferente e eles acabam não sabendo qual é a correta. Já 38% tiveram algum tipo de problema com documentação, como extravio e 5% dos alunos disseram que quando ligam ou mandam e-mail para a universidade ninguém responde”, enumerou Rossi.

Também 24% das reclamações foram referentes a demora na entrega do diploma e muitos alunos alegaram que já concluíram o curso há mais de um ano e ainda não receberam o documento. Dos 9% que destacaram algum tipo de problema financeiro com a instituição, 91% dos comentários foram referentes a cobranças indevidas, como valor da mensalidade diferente do que foi pré-estabelecido e 9% alegaram que não receberam o valor do reembolso de cursos cancelados por falta de turma.

No quesito notas, 14% alegaram que as notas demoram para serem lançadas no sistema e esse fato irrita os alunos, já que dependem das mesmas para fazer a matrícula do próximo semestre. No Fies, 13% dos alunos disseram que não receberam o reembolso no prazo estabelecido pela faculdade. E, por fim, 3% das menções se referiam à estrutura da universidade, como a dificuldade para chegar por falta de transporte público (50%) e de planejamento da instituição (50%), já que as salas de aula e os professores mudavam com frequência no semestre.

No entanto, em fevereiro de 2016, foi feito novo levantamento para detectar o que os jovens mais procuravam e desejavam na rede e “foi evidente a força do FIES para os alunos, além de temas como ProUni e Sisu, Vestibular, claramente influenciados pelo período do ano”, mostrou Rossi.

A pesquisa selecionou, ainda, notícias que geraram maiores buscas de estudantes na rede pelos cursos de Medicina. “No mês de julho o MEC escolheu a Anhembi Morumbi para abrir o curso de medicina na região que foi noticiada no Portal G1 e foi possível analisar um crescimento nas buscas pelo curso nos meses seguintes. Porém, em novembro, o Tribunal de Contas da União suspendeu a criação do curso, noticiada pelo Portal Meon, o que ocasionou uma queda na procura.” Outro dado interessante, segundo Rossi,  foi matéria divulgada em dezembro de 2015, no Guia do Estudante, que indicou as melhores faculdades de Fisioterapia no país e, em seguida, outra notícia divulgada em janeiro de 2016 no Portal G1 de São José dos Campos informando que a faculdade Anhanguera estava ofertando cursos gratuitos de Fisioterapia em São José dos Campos, Taubaté, Jacareí e Pindamonhangaba que gerou um crescimento de 117% nas buscas.

A mesma lógica foi aplicada para os alunos que procuram por informações adicionais sobre os cursos, como qual faculdade fazer, preço das mensalidades, mercado profissional, entre outros. Os cursos que mais cresceram a procura no período nos últimos 12 meses foram: Fisioterapia (117%), Administração (94%), Nutrição (89%), Direito (78%) e Fotografia (72%). E os cursos mais buscados na região foram: Medicina (19.479 consultas), Direito (10.793), Psicologia (8.544), Nutrição (5.412) e Arquitetura (4.671).

Sobre o Semesp – Fundado em 1979, o Semesp – Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior congrega cerca de 200 mantenedoras no Estado de São Paulo e no Brasil. Tem como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação superior, bem como prestar serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente, realiza uma série de eventos, visando promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, o Congresso Nacional de Iniciação Científica e as Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo. Para saber mais, acesse www.semesp.org.br/portal/.

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