O Semesp – Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior lança na próxima semana (dia 16)  pesquisa inédita sobre Educação a Distância, que mostra que essa modalidade é a única opção para muitas pessoas. Segundo o levantamento, apesar de ser a única opção para a grande parte da população que possui apenas ensino médio completo, desinformação e preconceito ainda geram desconfiança e insegurança nos potenciais alunos da modalidade. O levantamento foi feito pela Folks Netnográfica, por meio de uma metodologia inovadora denominada netnografia, ramo da Etnografia que estuda o comportamento de indivíduos na Internet,  analisando  comentários, conversas e publicações sobre a modalidade EAD em sites, blogs, fanpages, vídeos, fóruns de discussão e comunicados na Internet desde 2014.

“O objetivo do estudo foi identificar quais as principais motivações que levam alunos a ingressar, permanecer ou abandonar um curso de EAD, já que hoje a evasão da EAD no país é de cerca de 32%”, diz o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato. Segundo o diretor, a pesquisa “permitirá que as instituições de ensino a distância aperfeiçoem a qualidade de seus cursos, criando um diálogo construtivo com seus alunos e planejando estratégias para melhorar os índices de permanência desses estudantes”.

O estudo analisou mais de 500 conversas, comentários e publicações buscando identificar, por meio de análise antropológica, aspectos comportamentais e motivacionais sobre a educação superior a distância, sem restrição amostral sociodemográfica. Um grupo de alunas e ex-alunas de EAD que estão compartilhando suas experiências por meio de vídeos na web foi entrevistado por telefone. No total, foram coletadas e analisadas mais de 300 páginas na web.

Segundo o levantamento, já existe muita troca de informação online sobre EAD, e não apenas em sites especializados. As plataformas onde foram localizadas as conversas abordavam diversos temas, desde educação, vestibular e carreira, até entretenimento, qualidade de vida, literatura, beleza, entre outros, e sem restrição amostral sociodemográfica. O critério para a seleção das conversas foi a riqueza de detalhes, a quantidade de trocas existentes a partir de cada “post” e a existência de sentimentos e crenças sobre a categoria EAD, sem segmentação pré-definida.

“Da análise total percebemos aspectos negativos e nos surpreendemos com os aspectos positivos”, afirma Débora Figueiredo, presidente da Folks Netnográfica. Entre os principais benefícios positivos são: flexibilidade, acessibilidade, economia de tempo e dinheiro, oportunidade de acesso e a visão de que se trata de um outro paradigma de ensino superior, digital e online, que se vale de tecnologias e ambientes digitais para oferecer qualificação e capacitação profissional, em nível superior, tão válida e chancelada pelo MEC quanto a faculdade presencial.

“O EAD não é para todos, mas para aquelas pessoas que querendo fazer faculdade, e não podendo fazê-la presencialmente, em geral por questões de tempo, deslocamento ou dinheiro, são disciplinadas, determinadas e encontram nessa modalidade sua única opção. Geralmente são pessoas mais velhas, que não puderam fazer uma graduação quando jovens e hoje têm família e um trabalho e precisam buscar uma qualificação profissional melhor”, comenta o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato.

Já entre os aspectos negativos, o estudo mostrou que existem muitos preconceitos sobre EAD tais como fazer faculdade a distância traz um sentimento de perda em relação à experiência presencial; não ser uma modalidade séria; fácil de entrar e também se formar. A desinformação e o preconceito geram desconfiança e insegurança nos potenciais alunos e a qualidade da oferta contamina a percepção da validade do método. Há ainda relatos de dificuldades em dominar a plataforma e da falta de interatividade em alguns modelos de oferta.

“O estudo chegou a conclusão que o termo Educação a Distância está sendo empregado de modo equivocado, e durante a análise deu-se a impressão que o aluno realmente está distante de tudo e de todos quando faz o curso a distância. Uma solução apontada como sugestão pela pesquisa foi adotar termos como online e digital ao invés de “a Distância”, o que se aproxima mais com a realidade do estudante conectado com o mundo e pode ser um bom slogan para chamar a atenção dos alunos para essa modalidade”, conclui  Débora Figueiredo.

Sobre o Semesp – Fundado em 1979, o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior congrega cerca de 200 mantenedoras no Estado de São Paulo e no Brasil. Tem como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação superior, bem como prestar serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente, realiza uma série de eventos, visando promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, o Congresso Nacional de Iniciação Científica e as Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo. Para saber mais, acesse www.semesp.org.br/portal/  www.facebook.com/semesp/ https://www.linkedin.com/company/semesp.

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