O segundo dia do 18º FNESP – Fórum Nacional do Ensino Superior Particular Brasileiro, promovido pelo Semesp – Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior, mostrou na prática, e de forma criativa, novas formas de aprendizagem e empreendedorismo para tornar a educação atraente, levando em consideração a geração de alunos e novos profissionais que chegam ao mercado e ao ensino superior todos os anos.

De maneira irreverente, Oscar Jerez Yanez, diretor do Centro de Ensino e Aprendizagem do Chile, iniciou sua apresentação propondo um quiz aos participantes, como forma de instigá-los sobre a evolução do ensino. “Vejam nessas imagens que não basta incluir tecnologia, não é a ferramenta que importa, mas sim a forma. A tecnologia nos mostra formas colaborativas e compartilhadas de trabalho que tornam o ensino natural”, afirmou o palestrante.

Ainda nesse caminho, Yanez apresentou o conceito de ensino seamless, ou seja, “sem costuras”, que busca integrar matérias e, de forma leve e natural, considera o aprendizado dentro e fora da sala de aula, bem como as relações interpessoais dos alunos com o mundo. “Na prática, isso significa não ter espaço, limite, matéria definida, ser convergente”, ressaltou o palestrante, provocando ainda “o inesperado, os acontecimentos do mundo, porque qualquer coisa que surja sem plano é aprendizado, e deve estar no novo ensino”.

Empreendedorismo e diálogo com o setor produtivo foi o tema do reitor do Centro Universitário Mauá, José Carlos de Souza Jr., na apresentação “A IES reinventada”. Ele defendeu o “tripé da inovação” adotado pela instituição, que envolve engenharia, administração e design. “Nossa abordagem com o mundo empresarial é feita por um departamento de relações institucionais, que cria convênios para resolvermos problemas para as indústrias a partir do nosso campus instalado em São Caetano do Sul”, afirmou o palestrante.

Segundo o reitor do Centro Universitário Mauá, a instituição reúne 108 laboratórios e um Centro de Pesquisas, que só conseguem ser viabilizado pela relação mantida com o setor empresarial. Para José Carlos de Souza Jr., as empresas vêm procurar o banco de pesquisas porque não têm condições de desenvolver um laboratório com esse objetivo. “O Centro de Pesquisas apoia as empresas ao mesmo tempo em que agrega valor à formação dos profissionais. As empresas trazem problemas reais e os alunos desenvolvem negócios”, afirmou o palestrante.

O uso de metodologias adaptativas foi discutido com Felipe Matos, fundador da Studiare, plataforma usada pela Kroton, que trabalha para identificar as deficiências de formação dos alunos, ajudam os docentes a preparar melhor os conteúdos das disciplinas e beneficiam as IES na gestão de negócios por meio de pesquisas e indicadores de aprendizagem de seus alunos.

Segundo Matos, as metodologias adaptativas não são formas de aprendizado novas. No entanto, essa experiência de aprendizagem hoje é muito mais customizada, personalizada, técnica e cara. “Chegamos a um cenário que é mais viável e factível adaptar tudo, onde a interação é muito mais pessoal, a capacidade de processamento é monstruosa e a experiência de aprendizado pode ser feita de uma maneira factível e em escala.”

O 18º Fnesp terá, no período da tarde, uma sessão de encerramento com o tema “Ensino Superior em tempos de mudanças velozes: o que vai acontecer nos próximos anos?”. Os convidados para o debate são o jornalista Marcelo Tas, o palestrante Clóvis de Barros Filho e o jornalista e editor da revista Ensino e Ensino Superior, Rubens Barros.

Sobre o Semesp – Fundado em 1979, o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior congrega cerca de 200 mantenedoras no Estado de São Paulo e no Brasil. Tem como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação superior, bem como prestar serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente, realiza uma série de eventos, visando promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, o Congresso Nacional de Iniciação Científica e as Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo. Para saber mais, acesse www.semesp.org.br/portal/ ou www.facebook.com/semesp.

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