Jundiaí tem 147% de crescimento no ensino superior em quatro anos

 

Levantamento do SEMESP aponta que matrículas no ensino superior da cidade cresceram quatro vezes mais que no Estado de São Paulo

 

O número de matrículas no ensino superior privado em Jundiaí teve acentuado crescimento desde 2000, segundo dados do SINDATA, sistema de informações econômicas do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp). O número de alunos matriculados em instituições de ensino superior privado (IES) na cidade cresceu 147% de 2000 a 2004, enquanto que no Estado de São Paulo o crescimento foi de 35% e no País chegou a 65%.

 

Em 2000, o número de matrículas nas instituições de ensino de Jundiaí foi de 4.532. No ano seguinte, esse número subiu para 5.478 e em 2002 chegou a 7.481. De 2003 a 2004, houve outro salto: as matrículas chegaram a 9.787 e passaram a 11.213. Quanto ao número de instituições na cidade, também foi observado um aumento significativo. O total de IES passou de sete em 2000 e a dez em 2003. Em 2004, houve uma fusão de seis faculdades isoladas, que se consolidaram em um centro universitário, e a chegada de uma nova IES, totalizando seis instituições, número que se manteve em 2005.

 

“Esse crescimento, tanto no número de matrículas quanto no número de instituições, representa um grande avanço para o ensino superior privado na região de Jundiaí e até para o Estado de São Paulo. Pode-se atribuir esse salto ao fato de a região ser uma das mais prósperas do Estado, com um potencial econômico que tem atraído grandes empresas e demandado a formação de mão-de-obra qualificada. Daí o aumento da procura por cursos superiores”, analisa Hermes Ferreira Figueiredo, presidente do Semesp e membro da Coordenação Executiva do Fórum Nacional da Livre Iniciativa na Educação.

 

Inadimplência

 

A inadimplência ainda é um obstáculo para o avanço do setor privado de educação no Brasil. A taxa média nas IES de Jundiaí, que em 2004 era de 20%, alcançou 23% em 2005, segundo o levantamento do SINDATA. Para o presidente do Sindicato, esta situação é um reflexo do achatamento salarial da classe média e do desemprego no País. “O desfalque provocado no orçamento desequilibra o planejamento financeiro das instituições e dificulta o cumprimento de suas obrigações, levando-as a tomar empréstimos bancários, aumentando ainda mais seus custos, que podem recair sobre as mensalidades, formando um círculo vicioso”, afirma Figueiredo. O setor tem promovido ações no sentido de minimizar o problema e possibilitar a inclusão e a permanência dos alunos inadimplentes. Uma das iniciativas é a ampliação da oferta de bolsas de estudos e a gestão profissional para cobrança – renegociação de dívidas por meio de empresas especializadas em cobrança extra-judicial.

 

Entretanto, para o dirigente, a legislação federal que rege o pagamento de mensalidades contribui para agravar o problema. A garantia da lei federal nº 9.870 obriga a instituição a oferecer o serviço de ensino durante o período de contrato, independente do pagamento, o que acaba estimulando a priorização de outras dívidas em detrimento da mensalidade escolar. “Os inadimplentes não podem ser proibidos de freqüentar aulas e fazer provas. À instituição cabe apenas recorrer ao Poder Judiciário para fazer a cobrança do universitário. Nem mesmo a gestão profissional para cobrança tem resolvido completamente o problema, face à legislação”, conclui.

 

Fonte sugerida para entrevista:

 

Hermes Ferreira Figueiredo, presidente do SEMESP.

 

Sobre o Semesp

 

Fundado em 1979, Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo congrega 379 instituições mantenedoras e 475 mantidas, em 135 cidades do Estado de São Paulo. Tem como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação superior, bem como prestar serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente, realiza uma série de eventos, visando promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro-FNESP, os Congressos Nacional e Internacional de Iniciação Científica e as Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo.

 

Outras informações sobre esta sugestão de pauta

 

Renata Melo e Ana Carolina Prieto

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